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domingo, 26 de junho de 2011

Mini-Fic Jernanda - Nashville



Nashville



Sério? Ela estava falando sério? A porcaria da diretora tava falando sério?
Não, porque tipo, eu já sou totalmente ocupada com o negócio de tentar achar uma “cura” para o aquecimento global, já que mais ninguém liga pra isso. Também tem o fato de nenhuma gravadora aceitar minhas músicas, e ainda por cima, eu estou levando bomba em matemática, total. E ela ainda acha que eu tenho tempo pra ser babá de um atorzinho que não tem mais o que fazer e resolveu vir investigar como é a vida aqui em Nashville.
Bom, é o seguinte: meu nome é Fernanda, tenho 14 anos, sou aspirante a cantora, ótima em Literatura e péssima com números.
Estava eu, em mais uma aula tediosa de matemática, quando fui chamada à sala da diretora. Pensei: ótimo! Que foi que eu fiz agora? Mas quando descobri o que era, eu realmente preferia ter feito algo errado.
- Fernanda, querida, você sabe que é uma ótima aluna, educada e que eu realmente confio em você – disse a diretora.
- Certo, e... – falei.
- É o seguinte, amanhã chega um novo aluno no colégio. Na verdade, ele não é aluno, é um ator que vem ficar uns tempos, pois tem de representar um jovem de Nashville em seu próximo papel. Ele ficará disfarçado de Justin Speelers. Mas na verdade ele se chama Joseph Jonas, conhece? – ela perguntou.
- É, acho que sim. – ele não é daquela banda Jonas Brothers? É ator também? A Disney só contrata multifuncionais* mesmo.
- Pois é, e como sei que você não liga muito pra atores e tudo mais, queria saber se você poderia acompanhá-lo nessas próximas duas semanas.
- Tá, é, tudo bem. – O que eu ia fazer? Falar não? Quer dizer, eu não queria, mas ela pediu e tudo mais, não tinha como recusar.
- Certo, obrigada. Trate-o bem, ajude-o com o eu for preciso, porque é uma honra tê-lo aqui.
- Ok, farei o possível. – dei um sorrisinho falso e fui saindo mas ela chamou meu nome e falou:
- Só um detalhe: ninguém pode descobrir quem ele é de verdade.
- O que? Mas vai ser meio impossível, porque...
- E você não pode contar a ninguém também porque tem de ser uma experiência real e, se descobrissem, atrairia muitos paparazzi com certeza. Combinado? – ela me interrompeu.
- Combinado. – respondi com cara de derrotada e saí.
Bom, foi isso que aconteceu. Agora estou completamente perdida porque aquele papo com a minha melhor amiga, a Renata, de contar tudo uma pra outra, já era!
Eu odeio mentir pra ela - bom, nesse caso, omitir. Mas mesmo assim. “Você não pode contar a ninguém porque tem de parecer real”. Grande bosta! Onde eu estava com a cabeça quando aceitei isso?

No dia seguinte

Certo, cheguei na escola e encontrei a Renata no corredor.
- Fer! Oi! Escuta, quer ir pra casa hoje a tarde? - perguntou ela.
- Claro Nata, claro. – respondi.
- Certo. Então a gente se fala depois que estou atrasada para a aula de Educação Física. – disse ela e saiu correndo.
Conheço a Nata já faz uns três anos e somos BFFs desde então. Esse ano, caímos em sala separada, o que é MUITO chato, mas acho que vai ser mais fácil de esconder dela que vou conhecer o tal famoso. Uhh! Que emoção!
Continuei meu caminho para a aula de Química. Estava eu, tentando entender mais uma vez a Tabela Periódica, quando a diretora bateu na porta e apresentou o novo aluno: Justin Speelers.
Demorou um pouco pra cair a ficha de que ele era o tal astro disfarçado, porque ele tava bem diferente do que eu me lembrava do tal Joe. Sério, estava de óculos, boné e tudo mais.
A diretora indicou a cadeira vaga na minha frente para ele se sentar e foi embora, dando uma piscadinha para mim. Ótimo mesmo, íntima da diretora. Maravilhoso pra minha reputação! Na verdade, nem tenho reputação, mas que seja.
- Oi, você é a Fernanda certo? – ele interrompeu total meus pensamentos.
- Certo.
- Espero que tudo bem pra você me ajudar com esse lance do disfarce. – ele disse.
- Tudo bem, sim. Ótimo. Maravilhoso. Na verdade, eu nem tenho mais nada pra fazer mesmo (ironia total, mas parece que o burro não entendeu).
- Então tá. – disse ele com um sorriso e virou pra frente.
Um sorriso lindo, tenho que admitir. Na verdade, não SÓ o sorriso. Ok, certo, pára Fernanda! Controle-se. Não foi a toa que na hora do almoço [n/a: lá as aulas são das 08:00 as 15:00, geralmente] todas as garotas da escola já estavam apaixonadas por ele.
- Espero que goste de hambúrguer, porque é o cardápio de hoje. – falei quando chegamos à cantina.
Sim, ele estava realmente me seguindo pra tudo quanto é lado. Até no bebedouro.
- Ah, gosto sim – disse ele, colocando o hambúrguer no prato.
Fui direto pra mesa onde Renata e Demi, outra amiga, estavam sentadas. E adivinha quem veio atrás. Quem, quem, quem? Acertou se a resposta foi Joe! Ou Justin, whatever.
- Quem é você? – Demi perguntou.
- Justin. Justin Speelers. – ele respondeu.
- Ele é aluno novo. Está na minha sala e eu estou ajudando ele. – falei antes de elas começarem a enchê-lo de perguntas. Apesar de que eu não ligaria se ele sofresse um pouco. Porque sério, quando essas duas começam a falar, é difícil parar (rimou, hehe).
- Ah, tá. Bom, bem-vindo. – Renata disse e olhou pra mim com aquela cara dela de “que pedaço de mau caminho!”.
O que mais me espantou foi o fato da Demi não ter descoberto quem ele era. Pelo menos não ainda. Porque ela é ligada nessas coisas de celebridades e tudo mais.
O almoço acabou e fomos pra classe. Quando estava chegando o fim da aula, Joe virou pra trás e perguntou:
- E aí, onde vamos quando a aula acabar?
- Como assim? Eu vou pra casa da minha amiga e você, sei lá, pro hotel em que está hospedado ou pra algum outro lugar. – respondi.
- Achei que você tinha que me ajudar com a pesquisa pro personagem.
- Tenho, mas só na escola.
- Ninguém me disse que era só na escola.
Esse garoto estava começando a me irritar profundamente.
- E ninguém me disse que também era fora dela!

PRRRIII! (sinal da escola)

- Diretora, a senhora não disse que era pra eu ajudar ele fora da escola também! – assim que acabou a aula fomos resolver isso com a diretora, já que não chegamos a um acordo.
- Fernanda, eu esperava que você fosse fazer isso por conta própria, já que ele precisa da sua ajuda. Mas ninguém está te obrigando a nada. – ela disse fazendo uma SUPER chantagem emocional. E lá vou eu dizer que sim, eu aceito, de novo. Acho que preciso diminuir minha dó com as pessoas. A vantagem é que vou pro céu.
- Certo, eu fico com ele a tarde. – falei e sai. Ele me seguiu de novo – Vou só inventar uma desculpa pra Renata – falei para ele.
Logo que avisei a Renata, liguei pra minha mãe e disse que ia chegar mais tarde em casa. Saímos da escola e ele ficou olhando pra minha cara, e disse:
- E ai, aonde a gente vai?
- Sei lá! Vamos andar só, ai você aproveita e conhece a cidade. – eu disse com má-vontade.
- Tá.
Andamos um bom caminho em silêncio. Afinal, por mim eu nem estaria ali, então não seria eu a primeira a falar. Foi quando ele resolveu dizer:
- E aí, o que costumam fazer por aqui?
- Ah, geralmente a gente fica andando aqui, ou a gente se reúne lá nas escadas do colégio e passa horas conversando. Sabe como é, não conseguimos nos desligar nem um pouco da escola.
- Sei. – ele riu, lindo.
Qual é? Dá um desconto. Eu sei que estou aqui meio forçada, mas isso não muda o fato de o sorriso dele ser lindo.
- Hehe. É, ás vezes vamos no minúsculo shopping que tem, e é isso. – falei – E vocês, garotos da cidade grande, o que costumam fazer na tão famosa LA? – perguntei. E sim, eu estava puxando papo. Não sou de ferro, né?
- Ah, acho que eu não sou a melhor pessoa pra te responder isso, porque eu não levo uma vida muito normal, sabe? Apesar de eu tentar isso ao máximo. Estou até estranhando estar aqui sem nenhuma atenção, fãs, paparazzi.
Que fofinho! Não, não estou gostando dele, só estou sendo gentil, certo?
- Então me conta sobre sua vida não-normal. – pedi.
- Bom, eu tenho mais três irmãos, eu e mais dois temos uma banda, Jonas Brothers. Já ouviu?
- Já sim.
- Então, às vezes temos que viajar para fazer shows. Temos uma série agora, JONAS, o que é bem legal e... Ah, umas fãs meio histéricas. – ele disse.
- É, isso imaginei que tivesse mesmo. Afinal, vocês não são tão feios. – eu disse.
- Está falando que me acha bonito? – ele perguntou, galante.
- Não, não é isso. É, ah... Esquece. – falei, totalmente sem-graça.
Para a minha sorte, paramos em uma cafeteria e sentamos em uma mesa isolada pra tomar café (lógico).
- Mas e aí, sobre o que é o filme que você vai ter que fazer? – perguntei.
- Vou ser um garoto que mora em Nashville com o pai, engravido minha namorada e temos que esconder de todo mundo. È uma comédia. Sabe, típica historia adolescente. – ele respondeu.
- Ah, legal.
De repente meu celular tocou. Atendi:
- Alô! Oi! O senhor é da gravadora SPR, certo? Isso. É, fui sim. Ah, não estão interessados. Certo então, obrigada mesmo assim.
Desliguei. Como se não pudesse piorar. Mais uma gravadora me recusou. Vou desistir desse negócio de cantar.
- É. Desculpa, mas... Você canta? – ele perguntou.
- Tento.
- Canta para eu ouvir. Quem sabe te ajudo com a gravadora?
- Er, não. Vou tentar isso sozinha. Olha, preciso voltar para casa. - fui me levantando.
- Eu te acompanho, depois vou para o hotel.
- Tá.
Chegamos à frente da minha casa e eu me despedi dele. Estava entrando quando ele disse:
- Olha, desculpa por ter forçado você a ir hoje. É que você parecia bem legal e eu queria ter conhecer melhor. Não precisa mais fazer isso.
- Ah, tudo bem. Na verdade, foi legal. Acho que agüento por mais duas semanas. – dei um sorriso e entrei.
Passaram-se mais três dias e nós estávamos ficando realmente próximos. Ele era super legal comigo, mas ainda era difícil esconder a verdadeira identidade dele. Teve até um dia que uma menina veio perguntar se eu não achava ele super parecido com o Joe Jonas. E eu: “Não, acho que não. Lembra vagamente.” E saí. Também era complicado ter que falar Justin ao invés de Joe.
Na sexta-feira, eu tive que ficar no período da tarde na escola para ensaiar a música que eu iria cantar no show de talentos da escola, que seria na terça-feira. Joe ficou para me fazer companhia.
- Parece que finalmente vou ouvir você cantar. – ele disse enquanto eu afinava o violão.
- É, acho que sim. – falei e dei um sorriso envergonhado.
Tenho que confessar que esse menino realmente mexeu comigo. Ele era totalmente normal! Talvez até melhor. Não era metido, era super engraçado e, bem, lindo. Sim, eu meio que estou gostando dele. Mas é viagem total porque, fala sério, olha só pra ele.
Peguei o violão e comecei a cantar Crazier, da Taylor Swift. Quando acabei, ele estava de pé aplaudindo.
- Você é fantástica!
- Bom, parece que nenhuma gravadora concorda com você. Vem, vamos passear no shopping. Chega por hoje. – puxei-o pela mão e saímos.
No fim de semana ele foi até minha casa. Conheceu meus pais (que ficaram apaixonados por ele, mais dois na lista. Quem não ficaria?), tipo “apresentando o namorado”, ok Fernanda, volta! E nadamos muito. Não preciso nem dizer que ele fica maravilhoso sem camisa, né? Nos divertimos demais.
Segunda-feira, fomos novamente para a aula e fizemos a maldita prova de matemática. Inclusive ele.
Na terça-feira, todos estavam animados e nervosos (apenas os que se apresentariam), para o Show de Talentos, que aconteceria a noite. Depois da aula, Joe pediu para eu ir com ele até o hotel em que ele estava hospedado pra eu ajudar com as falas do filme.
O filme parecia ser ótimo. Começamos a ensaiar, então. Fiz aulas de teatro na escola quando criança, mas não era assim tão boa. Até que chegamos e umas falas mais, sabe, românticas:
- Max, você sabe que ficar com esse bebê atrapalhará muito a nossa vida.
- Não. O que eu sei, Ashley, é que a gente se ama, se apóia e vamos estar sempre juntos.
 – Bom, agora vem o beijo dos personagens, não precisa se não quiser. – ele disse.
Olhei para ele e no segundo seguinte, estávamos nos beijando. Um beijo muito apressado, mas também romântico. Cheguei a pensar que ele não estava mais atuando, assim como eu. Quando, tristemente tenho que dizer, nos separamos, ele disse, meio sem fôlego:
- Uau, você é ótima atriz. E, sabe, eles ainda não escolheram uma atriz para esse papel. Você poderia tentar. E... Bom, não me importaria de te beijar de novo.
- Não foi difícil, porque eu meio que não estava mais atuando. Quer dizer, menos a parte de estar grávida, claro. – eu disse, provocando.
- Certo. – ele disse e me beijou novamente. Parei o beijo.
- Joe! São 18 horas, temos de ir para o Show de Talentos!
- Certo, vamos! – ele chamou seu motorista e fomos.
Quando chegamos lá, Joe encontrou com um “amigo”, um homem meio velho. Não entendi muito bem porque, afinal, ele está aqui disfarçado e o cara o chamou pelo nome certo, e não Justin, mas não me importei e fui me arrumar.
Quando finalmente chegou minha hora de cantar, Joe veio até mim e me deu um beijo de boa sorte. Eu cantei, tenho que admitir, muito bem. Todos aplaudiram de pé. Quando desci do palco, Joe e o tal amigo vieram até mim.
- Fer, você foi ótima! – Joe disse enquanto me abraçava.
- Obrigada!
- Foi mesmo, você tem uma voz linda e é afinada também. – o tal amigo disse.
- E ela também atua! – Joe falou, todo animado.
- Não, não atuo. Eu só estava te ajudando. – eu disse.
- Ah, atua sim. – Joe repetiu – Bom, é o seguinte Fer, esse é o Steve, produtor da Disney e do meu novo filme. Ele veio até aqui te ver cantar.
- O que? Me ver cantar? Mas... Mas...
- E tenho que dizer que adorei o que ouvi! Gostaria muito de fechar um contrato, se você aceitasse. – Steve disse.
- Um contrato? – perguntei, perplexa. Não. Acredito. Nisso.
- É, fofa! – Joe disse.
- Claro! Claro que sim! Ah, Joe! – Abracei-o. O Joe, não o Steve.
- Que ótimo! Fico feliz em ouvir isso. Então, pegue meu cartão e eu espero sua ligação (rimou de novo, hehe) – Steve falou, me entregando o cartão.
- Certo, obrigada! – gritei enquanto ele ia embora e me virei para Joe. – Joe, não acredito que você fez isso! – o abracei.
- Tudo por você, Fer! Afinal, você me ajudou com tudo por aqui. – ele retribuiu o abraço.
Contei aos meus pais e eles ficaram super empolgados. Eles mesmo ligaram para Steve para saberem se era verdade.
Depois contei tudo para a Nata, e olha que ela nem ficou brava! Logo, a escola toda também ficou sabendo - as meninas, principalmente, ficaram loucas por não terem pedido autógrafos. Mas já estava no dia de irmos embora.
No domingo, nos mudamos para Los Angeles, voltamos junto com o Joseph e o segurança/motorista dele.
Eu acabei me saindo melhor do que esperava. Fechei o contrato com a Disney, meu namoro com Joe ficou sério. Estávamos apaixonados.
E, adivinha, virei o par romântico de Joe no filme! Isso mesmo! Eu seria a namorada grávida!
Ah, acabei conhecendo também os irmãos dele. Eles são realmente uns amores. Os pais de Joe também são ótimos!
E pensar que tudo começou com um simples pedido da diretora.
E agora, bom, agora eu também sou uma multifuncional da Disney. E, quer saber? Estou mais do que feliz com isso.


*-*Fim*-*

Mini-Fic Nelena - No escurinho do supermercado



No escurinho do supermercado



Eu não podia acreditar que aquela era a garota dos meus sonhos. Ela era simplesmente perfeita! Não está entendendo, não é? Ok, vou explicar.
Meu nome é Nick Jonas. Sim, da banda Jonas Brothers. Espero que saiba, porque a garota que eu AMO não sabia.
Vou explicar o que aconteceu: meu sonho sempre foi ficar preso em um supermercado. Eu sei... Sonho idiota, não é? Mas já que no shopping as lojas ficam fechadas, o sonho é no mercado mesmo.
Em uma bela noite, meus pais estavam viajando e eu fui com meus irmãos ao mercado. Eles voltaram antes e eu fiquei para comprar mais umas coisinhas para mim. Foi quando... Esqueceram de mim!
Isso mesmo, o mercado fechou![n/a: usem a imaginação:D]. Tinha apenas um segurança, que estava lá fora e não conseguia me ver, mesmo com as luzes acesas.
Então pensei: “TRIM, hora de realizar meu sonho!” e resolvi passar a noite lá. Mandei uma mensagem básica para o Joe e comecei a atacar um pacote de biscoito.
Logo depois, peguei uma coca-cola, um salgadinho e outras porcarias. Depois de um tempo, aquilo foi ficando monótono. Foi quando resolvi ir ao banheiro, soltar toda a comida digerida, que encontrei o amor da minha vida.
Ela estava saindo do banheiro feminino (lógico!) com uma cara de espantada, sem saber direito o que estava acontecendo.
- Quem é você? – perguntou ela, meio assustada.
CRI CRI. Eu ainda estava sem reação. Ela era linda.
- Não me escutou não? – repetiu ela.
- Você... Você não me conhece? – como ela não me conhecia? Eu sou Nick Jonas, SUPER famoso! Qual é?
- Por acaso eu deveria? – ela perguntou, enquanto cruzava os braços.
- É... Sim! Eu sou Joe! Jonas! Daquela banda sabe? Jonas Brothers! – eu estava horrorizado. Ela parecia ser a única adolescente do mundo que não nos conhecia. [n/a: convencidinho ?] - Não, nunca ouvi falar. Nunca liguei muito para música, sabe? Existem coisas mais importantes... Mas então! Seu nome é Joe? – disse ela, calma.
O que ela tem na cabeça? Dizer isso para mim? Coisas mais importantes, hunf! Dá licença! Mesmo assim ela... Ainda era linda (segredo).
- É, é Nick sim. E o seu? – perguntei.
- Selena , de... Nenhuma banda. – e riu – Entendeu? Era uma piada? Ai, ai. – ela disse.
- É, entendi. Mas então, vem sempre aqui? – de onde eu tirei isso? Quando fui ver, já tinha falado.
- O que era para ser isso? Uma cantada? Que seja. Bom, no mercado sim. Mas geralmente não, não fico presa com um maluco dentro dele.– disse ela, toda convencida.
- É... Por acaso o maluco sou eu? Porque eu estou achando que é. – eu perguntei meio envergonhado.
- É, é sim. Mas, tudo bem. Vivo cercada de malucos mesmo. Mas então, qual a sua história? – perguntou ela, dando um sorriso lindo.
- Minha... Minha história? – não entendi nada.
- É, como ficou preso aqui? Tipo, eu estava no banheiro e quando saí e encontrei você, já não tinha mais ninguém. – ela explicou.
- Ah! Isso. É, foi sem querer. De repente, estava tudo fechando e eu fiquei. Não é o máximo? – perguntei empolgado.
- O quê? Ficar preso aqui? O máximo? – ela disse com uma careta.
- É, sempre foi meu sonho ficar preso no mercado!
- Own. – ela disse com os olhos brilhando - Que bonitinho. Mas não, não é o máximo. Estou com frio, sono, fome e quero minha casa – disse ela, com um biquinho.
- Bom, o frio posso resolver. – entreguei meu agasalho para ela (ela vai ficar com o perfume do Joe, haha) – Tem comida de monte aqui. Se quiser dormir, é só entrar em uma daquelas barracas de acampamento que vende aqui. Praticamente sua casa! – disse eu.
- Ai, obrigada pela blusa! E, é... Praticamente minha casa! Então, quer comer? – disse ela, mais animada.
Comer, hehe. Está bem, parei.
- Claro. Apesar de eu já ter comido um monte, vamos lá! – falei, pegando na mão dela e a levando direto para a sessão de salgadinho.
Comi igual nunca havia comido antes. Acabei ingerindo mais um monte de coisa. E ela também. Ela não é nada parecida com aquelas adolescentes que só pensam em emagrecer. Sim, ela é magra, mas come muito. Igual a mim. Gamei! Haha.
- Nossa, estou satisfeita. – disse ela, massageando a barriga e interrompendo meus pensamentos.
- Eu também. Mas estava bom, não é? – perguntei (sem assunto).
- É, estava mesmo. Mas e aí? Me fala de você. – disse ela, dando outro daqueles sorrisos lindos.
- Ah! Então, eu sou um super astro do rock. Querido por todas, o mais bonito dentre os meus irmãos, o mais amado pelas meninas e... É isso. – disse eu. Nem fui convencido, não é?
- Nossa! Nem se acha, hein? – disse ela, alto.
- Brincadeira, não é? Mas, então. Adoro minha família, amo jogar Guitar Hero...
- Ah, eu também! Sou viciada nesse jogo. – ela me interrompeu.
Essa garota é perfeita, fala sério! Tão fofinha. Eu disse que ela era demais. Só cuidado para não se apaixonar porque ela é minha, viu?
- E agora estou sentindo uma coisa que nunca senti antes. – continuei, chegando mais perto dela.
- É... É... O quê? – ela perguntou envergonhada, com as bochechas vermelhinhas.
- Não sei, é só... Uma coisa especial, que nunca senti antes. – eu estava praticamente colado a ela agora.
Eu fui ficando gelado e comecei a sentir uma vibração, que ia aumentando, aumentando, então... Percebi que era meu celular que estava no bolso da calça. [n/a:mentes pervertidas;D]. Era o retardado do Joe.
- É... Eu tenho que atender. – eu falei, meio sem-graça. Está bem, totalmente sem-graça. - Tudo bem. – ela disse, meio decepcionada. Será que por que eu não a beijei? Haha. Safadinha.
- Alô! – falei, estressado, ao telefone.
- Joe! Cadê você, cara? Como assim preso no supermercado? Que mensagem era aquela? – Joe falou, preocupado. Mal sabia ele que eu estava ótimo agora.
- Você só viu a mensagem agora? – perguntei.
- É, estava desligado. – Er, imagina se fosse uma emergência. –Mas, então, pede para eles te soltarem daí. – Joe deu a grande idéia!
- É, não. Na verdade, eu estou muito bem agora e tenho que desligar. Mas eu estou bem, hein? Boa noite! – desliguei o telefone e olhei para ela, que estava entretida com os meus cabelos. Ai, Ai. Tão bonitinha. – É, pronto. – falei.
Ela deu um sorriso e se levantou, me pegando pela mão.
- Aonde vamos? – perguntei ao amor da minha vida, razão do meu viver e futura Sra. Jonas.
- Para barraca, porque agora eu estou com sono. Vamos? – ela perguntou.
- Claro! – como eu poderia recusar? Ela é tudo de bom e deu outro daqueles sorrisos. Lógico que eu não disse isso para ela, mas tudo bem.
Entramos na barraca e ela dormiu. Fiquei a observando durante um longo tempo. Até que também peguei no sono.
[Narração Selena on]
Acordei com o barulho do celular dele. Resolvi atender, já que ele dormia como uma pedra.
- Alô! – falei.
- Oi amor, onde você está? Estou com saudade. – falou uma voz de mulher ao telefone.
- Quem está falando? – perguntei.

- Quem é? – ela disse.
- Selena .
- Ah, desculpa. Acho que foi engano. – e desligou. Como assim, “amor”? Eu pensava que a gente tinha algo e, de repente... Uma namorada! Devia ser coisa da minha cabeça mesmo. Coloquei o celular de volta no bolso dele e fiquei sentada, pensando.
[Narração Selena off]
Acordei e ela estava olhando para mim. Tão linda. Resolvi falar:
- Oi! – falei, dando meu olhar mais fatal.
- Oi. – respondeu ela, seca.
- O que houve? – fiquei preocupado.
- Nada. É... É... Ligou uma menina para você. – ela disse.
- Uma menina? E você atendeu? – eu perguntei.
- É. O celular tocou, tocou, tocou e parou. Você não acordou e começou a tocar de novo. Então, resolvi atender.
- E quem era essa menina?
- Ah, uma menina. Sua namorada, provavelmente. – ela disse, desviando o olhar.
- Não. Não tenho namorada. Mas e se fosse alguma coisa pessoal? Que você não pudesse saber. Não tinha o direito de atender! – falei, mais bravo.
- Nossa! Perdão por querer ajudar, achando que fosse algo importante! – ela falou, agora MUITO brava, e saiu andando.
Quando pensei que nada mais aconteceria... PUF! Acabou a força e eu ouvi um grito. Saí correndo no escuro e quando a encontrei ela estava sentada ao lado das fraldas. Isso mesmo, fraldas. - Não. Calma, calma. Está tudo bem. – eu falei a abraçando. É, abraçando!
- Você não entende, eu tenho um pouco de... Ah, deixa para lá. – ela disse.
- Não. O que? Pode falar. – eu disse.
- Um pouco de... Medo do escuro. – ela falou envergonhada.
- Não, tudo bem. Eu... Eu... Eu te protejo. – falei com calma.
- Desculpa por ter atendido, ok? Eu sei que não deveria, só quis ajudar. – ela disse toda fofinha.
- Não, tudo bem. Eu sei. Me desculpa também e eu, realmente, não tenho namorada. Devia ser engano. Também não tenho nenhuma ficante e nem sou apaixonado por ninguém. Quer dizer, ninguém, além de... Você. – eu disse, me aproximando cada vez mais.
- Er, er... Estou meio sem-graça agora. - disse ela, toda vermelhinha.
- Não precisa ficar. - fui me aproximando, mas como estava escuro, eu meio que tropecei. Deve estar pensando: retardado, não é? É, eu sei que sou. Mas um retardado apaixonado. E você só acha isso, porque não sabe o que aconteceu depois. Se achava que já estava ruim, pode ficar pior. Fui indo em frente até que encostei meus lábios em algo gelado. Uma prateleira.
Ela se matou de rir, estava ao lado da prateleira.
Não pude nem me recuperar. Ela foi se aproximando e, de repente, me beijou. Pelo menos, ela conseguiu acertar o lugar certo.
Foi um beijo longo e perfeito. Um como eu nunca havia sentido antes. Simplesmente senti que ela era a pessoa certa, sabe? Quando finalmente paramos de nos beijar, ela estava ofegante e disse:
- E aí? Qual foi melhor, o meu ou o da prateleira? – ela perguntou, entre risadas.
- Hum... Acho que o da prateleira. – respondi, a abraçando o mais forte que pude. – Te amo!
- Obrigada – ela disse.
Obrigada? Poxa, magoou o coração de um Nick apaixonado.
- Brincadeira, Joe! Também te amo, fofinho! – ela disse, enquanto me abraçava.
- Ufa! Tinha certeza que era sério. – falei. – Mas, escuta... Aquela história de que você não conhecia os Jonas Brothers... Era sério mesmo? – resolvi tirar essa dúvida da minha cabeça.
- Era sim. Mas agora já conheço e... Muito bem! – ela falou.
- É, conhece.
De repente, entre beijos e abraços, surgiu uma luz. E não, não era aquela “luz no fim do túnel” ou uma idéia. Era uma luz mesmo, de uma lanterna. Com um homem muito bravo a segurando.
- O que vocês estão fazendo aqui? – ele perguntou.
- Nós ficamos presos e não vimos ninguém, nem você. Então, ficamos esperando. (mentirinha, só não saímos porque estávamos ocupados demais) – eu disse sério.
- Está bem, está bem. Vamos sair logo daqui e depois vocês pagam por tudo que usaram. - Certo, certo. – Sel disse, dando uma piscadinha para mim. – Mas, você tem certeza que quer fazer Nick Jonas pagar por umas comidinhas?
- Jonas Brothers? Nunca ouvi falar. Canta uma música. – o segurança pediu.
- Ah, aquela... Você sabe... Aquela lá! – ela falou, olhando para mim, sem saber o que dizer. Apenas pelo simples fato de ela não conhecer nenhuma música.
- Deixa quieto, Selena . É melhor a gente ir. – falei.
- Isso mesmo, é melhor os dois pombinhos saírem logo daqui. – ele nos empurrou para fora.
Saímos e já estava amanhecendo. Pegamos um táxi, primeiro para a casa dela. Desci com ela até a porta e falei:
- Ma, foi ótima essa noite, viu? Talvez a melhor. Da minha vida. - Own. A minha também foi, Joe. Adorei passar a noite com você. – disse ela, toda bonitinha e UI! Percebi um duplo sentido nessa frase.
Ai, ai...
Ela foi subindo a escada, eu não agüentei e gritei: - Namora comigo?
Ela olhou de volta, desceu a escada e me deu um beijo.
- Claro que sim! – ela respondeu. Eu a abracei forte e sussurrei em seu ouvido:
- Só tem uma condição.
- Qual? – ela perguntou espantada.
- Você vai ter que aprender a beijar igual à prateleira. 








*-*FIM*-*



Mini- Fic Jemi - Average Girl








Average Girl



Pra começar, vou me apresentar. Meu nome é Demi Lovato, tenho 15 anos e estou pensando seriamente em começar a freqüentar lugares tipo Paquera.com, Chat Line e coisas do tipo para encontrar o meu verdadeiro amor, porque quem eu achei que fosse não era e infelizmente eu me enganei. Bom, vou contar toda a história.



Eu o conheci na escola. Nós viramos super amigos até que acabamos declarando o nosso amor. Quando eu e ele descobrimos que sentíamos a mesma coisa, foi o melhor momento da minha vida. O nome dele? Joe Jonas. O garoto que eu pedi à Deus. Ele era exatamente tudo o que eu queria e tudo que eu precisava pra me sentir feliz de novo.

- Minha linda! Eu te amo tanto. – Joe me rodopiava no ar com um sorriso de orelha a orelha.
- Não me larga nunca! Eu te amo também, muito. – Eu, já no chão, o olhei (ah, que olhar!) e o beijei. 
Nós nos beijamos como se o nosso ar fosse acabar. Nós já estávamos juntos há dois anos e meu mundo girava em torno dele. Ele tinha a voz mais doce do mundo e quando falava algo no meu ouvido eu me derretia mais rápido que sorvete no verão.

Até que chegou uma época em que ele continuou me tratando bem, mas não era mais aquela coisa, sabe? Até que o dia dos namorados chegou, fiquei animada e queria saber o que ele tinha preparado para mim, afinal, o último dia dos namorados havia sido fantástico e seria uma ótima oportunidade de voltarmos a ser o que nós éramos.

- Demiiz, quero te ver hoje. – Joe havia me ligado e pedia para nos encontrarmos.
- Ok então! Onde? Pode ser pra tomar café da manhã? – Eu sugeria algo que adorávamos fazer, tomar café juntos.
- Pode ser, no lugar de sempre, te vejo lá. – Joe continuava com sua voz doce, mas seu ânimo não era o mesmo de sempre.
Fiquei pensando no que ele poderia me dar esse ano.
- Será que vão ser chocolates e flores? Ah, eu adoro! – Eu e meus palpites.
Eu passei o comecinho daquela manhã inquieta, fiquei me preparando pro nosso café da manhã por horas, eu andava pra lá e pra cá. Estava louca pra saber o que seria dessa vez. Ele sempre me surpreendia e eu não esperava algo diferente nesse ano. 
Cheguei ao lugar que havíamos marcado um pouco antes dele. Sentei na mesa do canto, nossa preferida, e fiquei olhando pela janela. Estava um dia normal, um pouco de sol, um pouco nublado. Escrevi o nome dele na mesa que eu estava, e lá estávamos eu e meus palpites de novo. Eu estava doida pra saber o que ele tinha achado da carta que eu havia escrito pra ele no dia anterior... Ah! Apesar de já ter chegado ao lugar, continuava inquieta, até que o vi passando pela porta. Um sorriso gigante se abriu no meu rosto, ele estava ali, do jeito que sempre foi... Perfeito. 
Eu fui ao seu encontro e quando fui dar-lhe um beijo ele virou o rosto. Eu fiquei olhando pra ele, procurando uma explicação, até que logo atrás dele vem uma garota e fica de mãos dadas com ele. 
- Isso significa que estamos acabados? – Eu perguntei.
- Me desculpa. – Joe olhou para mim, ainda de mãos dadas com ela, e eu apenas fiquei sorrindo. – Toma, essa carta é sua. – Ele me devolvia a carta que eu havia escrito no dia anterior.
Não sei como eu estava conseguindo sorrir naquele momento, eu simplesmente estava quebrada por dentro. Não existia mais nada dentro de mim. 
- Não, tudo bem! – Não sei como eu consegui ter forças para dizer isso. – Bom, feliz dia dos namorados! – Nunca fui de mentir, mas essan com certezan foi a maior mentira de todas.
Ele deu aquele sorriso sem graça no canto da boca e seguiu com a garota pela porta. Eu acenei para eles e assim que eles passaram pela porta, sentei na mesa e comecei a chorar.
- Eu não acredito que eu botei fé e acreditei no cara errado, não é possível! – É, a partir dali estava acabado.
Como? Depois de tanto tempo, tanto amor, tanta dedicação! Ele me chega no dia dos namorados e termina comigo. Justo hoje, do nada... Agora eles foram embora, me sinto uma pessoa destruída, rabisquei o nome dele da mesa...
- Meu Deus, ele é um idiota, ele é um perdedor... Ele abusou do meu amor! – E eu gritava com a cabeça encostada na mesa e eu não me importava que todos estavam me vendo naquele momento. Eu só queria desabafar.
Chegado em casa, eu estava tão fora de mim que acabei ligando pra ele! Não acreditava no que eu estava fazendo, mas, por algum motivo, precisava fazer aquilo.

Ligação Joe/Demiiz mode on.
- Não acredito que você fez isso comigo! – E foi exatamente isso que eu falei quando ele disse alô. – A gente se amava tanto! Bom, pelo menos eu o amei verdadeiramente.
- Demiiz, eu... – Joe falava.
- Joe, eu te dei todo o meu amor, te dei o meu coração! Te escrevi a carta mais doce do mundo e você me devolveu! – Eu o interrompia e desabafava com a minha voz de choro.
- EU GOSTO MAIS DELA! – Joe gritou ao telefone.
Ligação Joe/Demiiz mode off.

A partir daquele momento eu fiquei tão sem chão que desliguei o telefone. Foi a partir dali que meu mundo estava desabando de vez! Ela andava com ele como se ela fosse a garota dos sonhos dele, com aqueles lábios de Angelina Jolie que ela tinha, e seu jeans caro e descolado. O que mais fico sem acreditar é que eu não percebi nada disso acontecendo. 
E bom, aqui estou eu, no dia dos namorados... Me sentindo triste e solitária e não tem ninguém pra me abraçar. Agora que ele destruiu tudo o que eu tinha, continuo aqui, olhando pra televisão, esperando um dia conseguir reconstruir meu mundo todo.
- Ela é tão bonita e eu só sou uma garota comum. – E uma lágrima caiu.
‘She’s just so beautiful! I’m just an average girl.’  Emily Osment.




*-* FIM *-*

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mini-Fic Jemi - Remembering Sunday




Remembering Sunday





Joe acordou de seus pensamentos, já que o sono não vinha de modo nenhum. Há dias não dormia direito, isso sedormia. Sentia-se vazio por dentro, uma incrível dor de cabeça como se tivesse bebido todas nos últimos dias, mas em nenhum momento uma gota de álcool havia passado por sua boca. Não que não tivesse pensando nisso, só não conseguiu entender aonde aquilo daria.
Levantou-se do sofá que havia se tornado seu companheiro durante a semana, foi até a porta, procurando por seus sapatos que certamente estavam largados por ali, calçou-os, e, quando abriu a porta, parou antes para olhar o relógio na entrada da casa – trazido por ela há algum tempo -, duas da manhã. Ignorando o horário, saiu de casa, fazendo o caminho de sempre para o parque.
Chegou até lá e, rapidamente, se arrependeu por não ter se agasalhado. A estação do ano não cooperava proporcionando calor, muito menos o horário que ele resolvera sair de casa. Uma brisa passava jogando seu cabelo para o lado. Acabou esquecendo-se do frio quando viu a grama fofa na qual costumavam rolar durante horas, conversando sobre assuntos banais ou simplesmente trocando carinhos.
Caiu de joelhos na grama, lembrando de diversos momentos ao mesmo tempo, diversas lembranças vinham à sua mente como tortura. Lembrou-se dela confessando que não acreditava no amor antes de conhecê-lo. Mas lembrou-se especificamente, com um aperto no coração, do ocorrido no domingo durante o café onde ela apareceu para lhe fazer uma surpresa.

Demi havia aparecido de surpresa na casa do namorado, dando-lhe um selinho na entrada e logo indo para a cozinha, para o café da manhã.
Joe não havia encarado a namorada ainda, estava apoiado na bancada da pia, encarando o chão.

- Joe, eu já te disse que eu e o meu chefe não temos nada! Será que você não consegue entender isso? - Demi falava suplicante para que Joe parasse de pensar nisso, conhecia o garoto como ninguém.
- Não tem, Demi? Então vai me dizer que o que eu vi ontem não foi nada demais? - Joe resmungava desistindo de comer os ovos que já estavam na mesa onde a namorada já se sentava para o café.
- Mas não foi! Joseph, seu ciúme está te deixando cego! Eu jamais traria você! Você sabe disso, Joe... - A garota também havia desistido do café da manhã empurrando o prato para frente.
- Será mesmo? Eu tenho duvidado disso nos últimos tempos, se quer saber... - Joe disse aquilo repentinamente, mas logo se arrependeu quando subiu o olhar para a menina e viu sua cara. - Eu não quis dizer isso, Demi, me desculpe...
- Mas disse, Joseph. - Demi falou se levantando e indo em direção à porta da cozinha e depois pegando sua bolsa no balcão da mesma. - Sabe, eu não sei porque eu ainda me preocupo com o que você pensa ou deixa de pensar com relação à nós dois.
Demi disse aquilo deixando as lágrimas rolarem pelo seu rosto, sem dar tempo para o garoto responder e logo se virando e saindo porta afora. Joe pensou em correr atrás dela, mas não encontrou forças para tal. Se arrependeria mais tarde.

Joe resolveu sair do parque. Naquele momento, aquele lugar não o estava fazendo bem. Surpreendeu-se ao chegar em casa e perceber que já passavam das cinco, o relógio na entrada dizia que logo o Sol apareceria trazendo um novo dia. Resolveu que faria alguma coisa, uma semana já havia passado, e ela o havia ignorado completamente. Nem mesmo o telefone de sua casa atendia. Muito pelo contrário, este se encontrava sem sinal a partir de agora, constatou após tentar ligar mais uma vez para a namorada. Subiu para tomar um banho e colocar as idéias nos lugares. Enquanto se vestia, foi até o seu criado mudo, pegando uma caixinha quadrada que encontrava-se fechada, a apertando bem contra o seu corpo o objeto.
Enquanto tomava o café, viu pela janela pequenas gotas de chuvas baterem no vidro, uma garoa começava. Saiu de casa com a chave do carro nas mãos, decidido. Amava demais a garota para desistir dela sem nem ao menos tentar. Chegou na rua que tanto conhecia, e que tanto freqüentara no começo do namoro, quando a garota ainda se recusava a ir até a casa dele, se viu rindo sozinho ao se lembrar disso.
Tomou coragem, que não sabia que teria, e apertou a campainha da casa, estranhando o fato da casa parecer tão limpa, tão sem vida. Tocou novamente, dessa vez insistentemente esperando que a garota viesse abrir a porta com aquele velho sorriso que sempre alegrava o seu dia. Esperou e esperou, e tocou novamente. Mas nada aconteceu, nenhuma Demi com quem ele partilhara a vida nos últimos tempos apareceu à sua frente.
- Joseph? É você, rapaz? - Joe escutou a voz de Bob na casa ao lado. - Há quanto tempo você não aparece por aqui, sim? - Bob falou indo até ele estendendo sua mão, que Joe apertou.
- É, tenho andado ocupado. - Mentiu o garoto, há tempos não ia pra lá, porque sempre que iam até lá, ele acabava lembrando-se do chefe da garota que morava algumas quadras à frente. - Diga-me, sabe se a Demi está em casa?
- A Demi? Não, ela se mudou ontem, não soube? - Bob falou aquilo obviamente espantado com o fato de Joe não saber.
- Não, não soube. - Joe escutou aquilo, e mais algumas palavras que Bob ia dizendo, mas nem escutava, só apertou a caixinha que estava em seu bolso, sentindo o desespero se apoderar dele. - Tenho que ir, Bob. - Ele disse, entrando depressa no carro e deixando para trás um Bob confuso.

Pensou que poderia ir até o trabalho dela, mas logo em seguida se lembrou que da última vez que havia ido ver-la e acabou brigando com o chefe da namorada, que proibiu a sua entrada no prédio. Demi mais tarde confessou a ele, que se aquilo voltasse a acontecer, ela poderia ser demitida. E o que menos queria naquele momento era fazer sua garota ser demitida, ela adorava o emprego apesar de tudo. Acabou dirigindo sem rumo pelas ruas por pouco mais de uma hora, percebendo que estava com fome, resolveu parar no parque para comer alguma coisa e pensar no que faria. Não podia perdê-la, não deixaria ela ir embora assim.
Sentou-se embaixo da velha árvore cansada de sempre, com um sanduíche na mão, olhando para o céu, vendo as nuvens pesadas que ameaçavam a qualquer momento trazer a chuva.
Foi voltando o seu olhar para o parque, vendo mais a frente uma garota com um bloco de papel na mão olhando um casal de velhinhos, compenetrada, desenhando os dois que nem pareciam notar a observadora. Não pôde acreditar que ela estava ali, na sua frente, parecia que o destino estava dando uma forcinha pra ele naquela hora. Viu ela levantar a mão, num gesto suave, colocando uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. Sentiu seu estômago dar voltas. "Malditas borboletas", murmurou.
Sentiu seu coração pular para fora, levantando-se com cautela, jogou o resto de seu sanduíche no lixo, indo na direção da garota. Precisava tentar, ia tentar.
- Demi... - Joe murmurou nervoso posicionando-se a frente da garota que estava sentada no banco.
- Joseph. - Demi falou baixo, soltando um rápido suspiro sem ação.
- Podemos conversar? - Ele perguntou encarando os pés, esperando por uma resposta.
- Eu não sei, Joe... - Demi ia falando, e novamente colocando uma mexa de cabelo para trás de seu rosto. Joe sentiu novamente as borboletas, amaldiçoando-se por permitir que tal garota tivesse tanto poder sobre ele.
- Por favor, eu juro pra você que se depois disso você não quiser mais olhar na minha cara, eu te deixo em paz. - Ele disse aquilo com receio, levantando o rosto encarando os olhos da garota que concordou com a cabeça, levantando-se do banquinho e guardando o bloquinho na bolsa. Foi acompanhando Joe numa caminhada pelo parque.
Joe procurava as palavras para começar aquilo que tanto queria falar, tinha ensaiado durante dias tudo que falaria para a menina, mas não conseguia falar. Tudo que lhe vinha a mente parecia inútil e não digno da gentileza da garota ao seu lado.
- Demi...
- Joe...
Os dois se encararam soltando risinhos nervosos.
- Você primeiro, Joseph. - Demi falou, voltando o olhar para as pessoas à sua frente.
Joe respirou fundo e já tinha o discurso preparado em sua mente, pronto, catalogado, o máximo possível para que ela lhe entendesse mas tudo que conseguia pensar era em como era bom estar ali, ao seu lado.
- Me perdoa? - Ele falou repentinamente, com uma doçura incrível na voz, que fez Demi sentir as pernas tremerem. - Me perdoa por ser um idiota, me perdoa por não acreditar em você, me perdoa por ter chegado a desconfiar de você, me perdoa por não te merecer, me perdoa por não ser um tão bom namorado quanto você é pra mim...
- Joe! - Demi chamou sua atenção dando um sorriso, que Joe não pode resistir, e sentiu a sensação de felicidade invadindo seu corpo. - Respira, tá? - Ela falou, marota.
- O que estou tentando dizer é que, em nenhum momento, Demi, eu duvidei de você. Eu sei, sempre soube que você nunca me trairia. Eu fiquei cego de ciúme, mas porque eu te amo demais Demi. E eu não consigo controlar isso, entende? - Joe disse apressando o passo e se colocando em frente à garota, colocando uma mão em seu rosto.
- Joe... - Demi falou, soltando um suspiro, mas logo foi interrompido por Joe que lhe beijou suavemente trazendo seu rosto próximo ao dela.
- Por favor, me perdoa! Eu não consigo viver sem você. - Ele disse, soltando o rosto da garota, olhando profundamente para o seu rosto.
Ela estava pronta a responder, mas sentiu as gotículas caindo do céu que estavam aumentando aumentando. Por todo o parque as pessoas corriam, mas nenhum dos dois ousou se mexer, não tinham forças para isso.
- Demi. - Joseph falou, chamando a garota de volta ao momento.
- Sabe de uma coisa, Joe? Eu estava disposta a te esquecer... - Ela parou encarando Joe, que tinha no rosto uma feição cansada, de quem não dormia bem há dias. - E eu conseguiria, entende? Pelo menos eu acha isso. - Ela falou aquilo, que caiu como um tiro para Joe. - Mas eu não consigo, você fica impregnado na minha vida, e não adianta o que eu tente, eu não consigo superar você, então dane-se, eu te amo, e não me importo com os detalhes, só quero estar com você, te abraçar, sentir seu perfume, tocar seu rosto... - Demi foi interrompida por Joe que agora a envolvia em um beijo intenso, matando a vontade de todos aqueles dias de vontade de ter a garota em seus braços.
Eles se beijavam fortemente, não se importavam com a chuva que teimava em cair sobre eles. Lentamente, Joe foi guiando a namorada para baixo de uma árvore, onde os galhos pareciam reter um pouco da água. Ele ofegante separou-se dos lábios de Demi, tateando o bolso em busca do pequeno objeto. Entrando em desespero por não acha-lo no bolso do casaco.
- Ah não, ah não... - Joe resmungava tirando o casaco e o sacudindo, enquanto Demi o olhava confusa.
- O que foi, meu amor? - A garota perguntou para ele, este que continuava resmungando e agora, sacudindo a blusa, procurando nos bolsos da calça, olhando em volta de onde estavam, tinha certeza que ele estava ali pouco tempo atrás.
- É isso que você está procurando, Joe? - Demi perguntou, pegando uma caixinha pequena que estava caída ao seu lado. Abriu-a e desmanchou o sorriso. Olhou do namorado para o objeto em sua mão.
- Ah, droga, deveria ser uma surpresa... - Joe falou se agachando no chão ficando na mesma altura que Demi, tomando a caixinha aberta que mostrava um delicado anel em seu conteúdo.
-Demi, eu tinha preparado um discurso enorme para te falar isso, mas agora eu não consigo lembrar de nada, então... Demi, quer se casar comigo? - Joseph perguntou virando a caixinha para a namorada, no momento, surpresa.
- Eu... eu... e... - Demi olhava para o anel a sua frente sem saber o que dizer. Levantou o olhar encarando Joe que a olhava esperando uma resposta. Estava visivelmente nervoso. Lembrou-se de tudo pelo qual já tinham passado, abrindo um sorriso. - Com todas as minhas forças, isso é, com certeza, o que eu mais quero. - Demi respondeu, jogando-se sobre Joe, que foi ao chão junto com ela, a beijando apaixonadamente. Passaram longos minutos se beijando, sem perceber a chuva que passara. Só pararam o beijo quando um funcionário do parque os interrompeu dizendo que estavam em um ambiente familiar. Os dois sorriram, desculpando-se. Seguraram o riso enquanto o homem voltava a andar pelo parque.
- Não podemos esquecer... - Joe falou, colocando o anel de noivado no dedo de Demi, que não se conteve abraçando o namorado, agora noivo. - Hey, soube que você se mudou...
- Sim, vamos pra lá? - Demi falou, dando uma piscadinha e entrelaçando a mão na do garoto que a guiava em direção ao seu carro. - Para casa. - Murmurou, não contendo a felicidade.

*-*Fim*-*


Creditos: Fanfic Addiction