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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mini-Fic Nemi: Almost An End



Hoje está uma tarde boa para dormir, e eu bem que queria, mas vou ter que ir à casa do Nicholas falar com ele e não, essa conversa não vai ser boa, irei fazer algo que jamais quis fazer. Então, lá fui eu, de baixo de neve, apenas com um moletom, que não estava me aquecendo muito.
Então cheguei ao meu destino, toquei a campainha.
- Demetria, entra querida. – Disse Denise enrolada em uma coberta, a televisão da sala estava ligada, então deduzi que ela estivesse por ali mesmo.
- Oi Denise, o Nicholas está? – Entrei na casa e a vi fechando a porta.
- Está lá em cima, pode subir.
- Obrigada. – Então fui em direção a escada e subi, cheguei à porta do quarto do Nicholas e bati, o ouvi dizendo para entrar, sem perguntar quem era.
- Oi. – Eu disse, sem nenhum humor.
- Oi. – Ele disse, sentado na cama, tocando seu violão, ele estava com a cabeça baixa, nem a ergueu para ver quem era, só pela voz já sabia que era eu. Então, me aproximei mais e sentei-me na cama, em frente a ele, pelo desanimo dele, por minha presença, já sabia que estaria de mau humor, mas eu perguntei do mesmo jeito.
- Você está bem? – Olhei fixamente para ele. Nicholas não me respondeu, sabia que essa seria uma pergunta inútil de minha parte, então, dei um tempo até eu começar meu discurso.
- Nicholas... Você sabe que eu sempre te apoio em tudo, e eu entendo que você não tem muito tempo para mim, porque está sempre ocupado com os negócios da banda, e que quando você está irritado com algo sempre descontava em mim e eu continuava sempre de bom humor por você, tentando fazer você esquecer sobre isso, te distraindo com algo, e sempre funcionava. – Dei uma pausa para eu respirar. - E que você também não assumiu o nosso namoro por questão de privacidade nossa e, principalmente, sua. Já faz três semanas, desde que acabou a turnê da banda, então agora você está sempre com um tempo livre, e, quando eu te ligo perguntando se eu posso ir ver você ou quando eu venho aqui te fazer uma surpresa, você sempre tem alguma desculpa só para não ficar comigo, e isso está me cansando. Quantas vezes eu já deixei os meus compromissos porque você queria falar comigo, ou algo do tipo?! – Fiquei quieta por alguns minutos, achando que isso que eu havia falado estava começando a refletir na cabeça dele.
- Você quer terminar? – Foi a única coisa que ele disse.
- Acho que é o melhor. – Eu disse, tentando olhar em seus olhos.
- Já que você prefere assim... – Ele deu de ombros.
- Eu não prefiro assim, mas se for para eu ficar sofrendo ao ver você me ignorar, eu prefiro sofrer sozinha. – Tirei minha aliança e coloquei na cama, em frente a ele, me levantei e saí do quarto sem dizer mais nenhuma palavra, nem ao menos dar uma última olhada nele, eu estava bem até às sete horas da noite, até eu ir embora por aquela porta e, provavelmente, da vida dele.
Então desci, indo em direção a porta de entrada.
- Querida, já vai? – Perguntou Denise, saindo da cozinha, vindo em minha direção.
- É... Eu vou deixar o Nicholas descansar um pouco por causa da noite de autógrafos de hoje, e eu também tenho trabalho de química para fazer, então é melhor eu ir.
- Hum, ah, eu fiz um bolinho, aceita?
- Não, obrigada! Eu realmente tenho que ir, fica para a próxima.
- Então ok, mande abraços para seus pais, faz tempo que eu não falo com eles, nem os vejo.
- Pode deixar, então tchau Denise, tchau Joseph, tchau Frankie. – Olhei-os enrolados em uma mesma coberta, estavam jogando vídeo-game.
Então eu saí, segui para o parque, debaixo de muita neve e muito frio, eu havia dito para minha mãe que logo depois que eu fosse à casa do Nicholas, iria à casa da Selena, mas não estou com a mínima vontade de ir lá. Quero ficar sozinha, e não há lugar melhor do que no parque. Chegando lá, me deparei com poucas pessoas presentes naquele local, apesar do frio, muitos vem para cá para fazer bonecos de neve, brincar ou algo do tipo. Muitos gostam dessa época, assim como eu, então não ligam se está frio ou não. Me sentei em um banco, em baixo de uma árvore, por causa dos grandes galhos, impedia um pouco da neve cair sobre o banco, e lá fiquei, por alguns minutos admirando as crianças construindo seus bonecos, foi quando senti alguém colocar um casaco sobre meus ombros. Então, vi Nicholas ao meu lado.
- Achei que iria precisar de outro casaco. – Olhei para ele e logo voltei a observar as pessoas, eu não disse nada. – E... Você esqueceu isso. – Ele pegou minha mão direita e colocou a aliança novamente em meu dedo. – Me desculpa por ter agido como um idiota em relação a nós, você não sabe o quanto eu preciso de você. Por favor... Perdoa-me. – Ele disse, olhando fundo em meus olhos, continuei sem responder, até que pus minhas mãos frias sobre suas bochechas e o beijei delicadamente. Senti que ele havia se estremecido pela minha reação, correspondendo ao beijo.
Logo interrompi, ainda com minhas mãos em suas bochechas.
- Não faz mais isso, Nicholas. – Eu disse em um sussurro.
- Não, eu serei muito tolo fazendo isso novamente, sabendo que eu quase perdi você. – Ele me beijou novamente.
E por ali ficaram, até a noite chegar, já que o sol não iria se pôr.



FIM!

Pedido de: Anony.

<c>

domingo, 27 de novembro de 2011

...E a Sumida...Voltou.


Não me matem ainda, eu queria pedir minhas sinceras desculpas pelo meu sumiço relâmpago.
Mas, eu gostaria de algumas moderadoras, apenas 2 moderadoras, pra ficar postando enquanto eu estiver ausente  Se estiver interessado, avise nos comentários deixando o seu Email, e diga o por que que quer me ajudar.
Vamos ás atualizações? Se preparem pra ler!

[Finalizadas - Jemi]
O Encontro para O Amor
Cause I'm Broken
Still in love with you
You're The Best Thing That's Ever Been Mine 

[Finalizadas - Nelena]
Pizza Girl
Uma Musica
Don't You Ever Forget Me
Dreams take Place

[Finalizadas - Niley]
The Adventures Of Tico And Teco
Don’t you forget about me
Saturday Night
Love Bug

Espero que gostem da atualização e comentem!

Mini-Fic Jemi: You're The Best Thing That's Ever Been Mine





18 de dezembro 

Meu nome é Demetria Lovato, mas todo mundo me chama de Demi. Tenho dezesseis anos e moro em Nashville. Minha mãe me deu esse diário estúpido hoje porque daqui a mais ou menos duas semanas é o meu aniversário e ela disse que não conseguia mais esperar para me dar. Claro que, quando abri o pacote, fiz cara de surpresa como se tivesse amado o presente, porque afinal ela é minha mãe. Mesmo que eu não tenha gostado muito do presente, amo-a demais e qualquer coisa que ela me desse eu provavelmente iria amar, ou pelo menos demonstraria que tinha amado para não magoá-la. Aposto que você aí que está lendo isso também já fingiu que gostou de um presente para não magoar a pessoa que deu. Estou certa ou não? HAHA! 
Então, minha mãe me deu isso e me mandou vir para o meu quarto para “inaugurar” o meu presente. A cada cinco minutos, ela vem aqui conferir se estou escrevendo mesmo. Já que tenho que escrever alguma coisa, lá vai: nada de interessante aconteceu na minha vida até agora e espero que continue assim. Se você quer uma super história romântica, linda e perfeita, vá tirando o seu cavalinho da chuva porque nem um namorado eu tive até agora e briguei com a minha melhor amiga por ela ter virado uma pessoa falsa. Se tem uma coisa que me irrita, é isso. Então a gente brigou. Sinceramente? Ela não me fez falta, porque nem desabafar com ela eu podia, já que a mesma só ligava para compras e amiguinhos famosos e ricos. Por isso comecei a escrever músicas para desabafar comigo mesma. Mas isso conto depois. 
Amanhã, uns amigos dos meus pais vêm para cá passar o natal com a gente. Eles tem quatro filhos e um deles é da minha idade, que é o Nick. Ele até que é bonitinho (pelo que vi em uma foto que a minha mãe me mostrou), mas não fui muito com a cara dele. Parece ser metido. Faz seis anos que a gente não se vê. Logo, espero que ele tenha mudado aquele jeitinho arrogante de antigamente. Eles chegam amanhã e os irmãos de Nick (Joe, Kevin e Frankie) são meus amigos. Acho que vai ser legal. 
Minha mãe está me chamando. Vou ver o que ela quer. Espere aí. 





ADIVINHA?! Sim, os Jonas chegaram antes do previsto e confirmei as minhas suspeitas: o Nick continua o metidinho de sempre. Foi assim: 
Desci as escadas e, quando cheguei lá embaixo, tinha várias pessoas conversando com a minha mãe. Uma dessas pessoas reconheci como sendo Nick. Então falei,como quem não quer nada: 
– Ué, vocês não vinham só amanhã? – essa fala bastou para que todos na sala olhassem para mim. 
– Ah, a gente resolveu vir antes para aproveitar mais – falou uma mulher que parecia ser a amiga da minha mãe. Ela também parecia ser a mãe do Nick e dos meninos. 
– Pois é, filha. Eles resolveram vir antes. Não é demais? – falou minha mãe, chamando-me para perto deles. 
– É... É demais, sim, mãe – falei com um sorriso amarelo. 
– Oi, Demi! Há quanto tempo! – falou um menino de cabelos cacheados que eu tinha quase certeza de que era o Joe. 
– OI! Pois é! Há quanto tempo! – falei, ainda pensando se aquele era Joe ou não. 
– A gente estava morrendo de saudades! – falou ele, abraçando-me. 
– Largue-a, Joe. Vai esmagar a menina! – falou Kevin, rindo e me dando a certeza de que aquele que estava me abraçando era o Joe. 
– Ah, desculpe-me – falou Joe, soltando-me e rindo. 
– Não foi nada. Eu também estava com saudades – falei, também rindo. 
Ah, eu tinha realmente sentido saudades deles. Lembro-me de que, quando a gente era criança, brincávamos muito juntos e o Joe sempre me ajudava quando eu caía ou queria desabafar (o desabafo no caso era sobre coisas de criança, tipo aquela menina que estava com aquela sandália da Barbie que eu tanto queria. Mas essa parte a gente pula, HAHA). O Kevin sempre brincava bastante com a gente e era bem legal. Na época, o Frankie ainda era bem pequenininho, mas eu ficava brincando com ele também. Nick sempre foi o meu problema. Ele ficava se gabando das coisas que tinha e se achando o rei do mundo. Mesmo eu sendo muito criança na época, já tinha noção de que isso não era legal. 
– E aí, Demi?! Que saudade! – falou Kevin, dando-me um abraço rápido. 
– Pois é, Kev. Também estava com saudades de vocês! – falei, sorrindo. 
– Até de mim? – falou Nick, vindo na minha direção. Percebi que a minha mãe me olhava preocupada. Ela sabia que eu não gostava nem um pouco do Nick e não queria que eu fosse grossa com o filho da amiga dela. Por isso resolvi ser legal. 
– Claro, Nick. Até de você – falei, abraçando-o. 
– Mentirosa. Você continua a mesma cínica de antes. Aposto que não sentiu nem um pouco a minha falta – falou ele, sussurrando em meu ouvido. 
– É, pelo jeito, você ficou menos burro – falei, também sussurrando e me afastando dele, indo para perto de Joe e Kevin. 
– Ei, vou ali na cozinha buscar um copo de água. Ok? – falou Kevin, saindo. 
– Ok! – falei. 
– Ei, você não sentiu falta do Nick, né? – falou Joe baixinho. 
– Não. Claro que não, HAHA. 
– Filha, o que você e o Joe estão cochichando aí? – falou a minha mãe com ar de curiosa. 
– Ah, mãe, o Joe está pedindo para ver o meu quarto [n/a: pessoas com as mentes poluídas, não pensem besteira!]. Vou lá mostrar para ele – falei, indo em direção às escadas, ondeNick estava. 
Joe estava subindo primeiro e, quando fui passar, Nick me segurou pela cintura e falou no meu ouvido: [n/a: vixe, olhe as coisas esquentando. Pervertidas de plantão, acalmem-se, HAHA]
– O Joe pediu para ver o seu quarto, né? Você é mesmo uma baita mentirosa. 
– O que você quer? 
– Quero conversar. 
– Ei, Demi, você não vem? – falou Joe na escada. 
– Vá subindo que já vou – falei para ele. 
– Ok – falou, subindo as escadas e entrando no meu quarto. 
– Fale. 
– Lá fora – falou Nick, puxando-me para o jardim atrás da minha casa, longe dos ouvidos da minha mãe e de todos os outros dentro da casa. O que ele queria comigo? 
– Escute, Nick. Qual é seu problema, hein? Você de repente volta e começa a infernizar a minha vida. O que quer, afinal? 
– Eu quero você – falou ele, olhando para mim. 
– Como é que é? Você está me zoando, né? – falei, rindo. Ele só podia estar de brincadeira. 
– Er... Ahn, é estou, sim. Estou zoando você, HAHA – falou ele, começando a rir. 
– ‘Ta. Então... O que você quer de verdade? 
– Eu quero... Ahn... – parecia que ele ia falar alguma coisa, mas mudou de idéia. – Quero lhe mostrar esse celular novo que comprei ontem. Tem TV, internet, câmera profissional, memória de oito GB, MP4, baixa filmes e... 
– ‘TA! CHEGA! Entendi o que essa porcaria de celular faz. Não acredito que me chamou aqui só para isso. Você é mesmo um idiota – falei, saindo. 
– Ei, espere. 
– O quê? Vai me mostrar o seu carrão ou sua namorada estúpida e perfeita? Ah, cansei-me dessa sua obsessão por ser o melhor, com tudo melhor. Nick, veja se cala essa boca. Tudo isso é inútil, se você não tem amigos com quem dividir. Se quiser, pode ficar aqui na minha casa, mas não vá esperando que eu dê comidinha na sua boca e fique o paparicando, porque não vai rolar. Sou loira, mas não sou tão burra a ponto de não saber o que você quer de mim [n/a: não pensem besteira! HAHA, e me desculpem as loiras. Não quis ofender. Sei que nem todas as loiras são burras. Se bem que, para ser burro, não importa a cor do cabelo, né? Haha]. 
– Ei! Não tenho namorada! 
– Ah, é? Que bom para você. Tchau – falei, indo embora para o meu quarto. 
Acho que devo ter batido a porta, porque, quando entrei, Joe falou: 
– EI! Qual é seu problema, hein? Está de TPM? 
– Desculpe-me, mas o seu irmão me irrita – falei, sentando-me na cama, ao lado de Joe. 
– Quem? O Kevin? 
– Não. O Nick. 
– Ih... O que ele fez agora? 
– Nada de mais. Ele só é um idiota metido e convencido. 
– Ah, pensei que isso você já sabia. 
– É, achei que sabia, mas ficou ainda pior. 
– E isso é possível? – falou Joe, sorrindo. 
– Eu também achava impossível – falei, rindo. 
– Então... Vamos fazer alguma coisa? Em homenagem aos velhos tempos? [n/a: olhe a mente poluída again]. 
– Claro! Vamos ver um filme? 
– ‘Ta. Vamos ver o que está passando na TV – falou, pegando o controle e ligando a TV. 
– Está achando que está em casa, né, gatão? HAHA 
– Ah, mas estou em casa! Você não é só a minha melhor amiga. É como se fosse minha irmã, poxa – falou ele, fazendo biquinho. 
– Haha, que fofo você é, maninho. Eu estava morrendo de saudade de você! 
– Own, eu também estava, maninha – falou ele, abraçando-me. Ok, Joe era definitivamente o melhor amigo do mundo, um irmão. 
– Olhe, esse filme aí parece ser legal. 
– Verdade, Demi. Vamos assistir? 
– Pode ser. 
Eu e Joe assistimos ao filme e depois ele e a família foram embora. 
Agora vou dormir. Bons sonhos 

19 de dezembro 

Hoje acordei bem cedo e já estou escrevendo aqui. Não sei por que, mas gostei disso. Não ouço barulho nenhum, então acho que os meus pais estão dormindo ainda. Mas não quero ficar aqui sem fazer nada. Acho que vou andar lá fora pela vizinhança. Quando eu voltar, venho aqui contar o que houve. 




Oi. Voltei. A caminhada foi muito, muito estranha. Estou completamente perdida. Para começar, quando saí, andei bastante, mas vi alguém conhecido e parei. Quem eu encontro? Nick. Falei: 
– Oi, Nick. O que faz aqui? 
– Oi, senhorita. É que a minha mãe está no hotel, arrumando as nossas coisas para a gente ir “morar” na sua casa – ele fez aspas no ar quando disse “morar”. – Resolvi dar uma caminhada para ver o movimento e... – ele parou de falar de repente como se estivesse desistido. 
– E o quê? – falei curiosa. 
– E ver se eu encontrava você – ele falou, olhando para o chão. 
– Encontra-me? Mas por quê? 
– Porque eu queria pedir desculpas por ter sido um completo idiota ontem. Desculpe-me, Demi. Juro que não sou assim – ele falou, olhando nos meus olhos. – Sei que eu era assim e ainda sou um pouco, mas estou tentando mudar. Desculpe-me, de verdade. 
– Ah, obrigada, Nick. Aceito as suas desculpas. Eu que não devia ter sido tão dura com você – está bom. Essa parte era mentira. Ele tinha merecido mesmo aquilo, mas o coitado parecia estar tão arrependido que bem que eu podia dar um desconto, né? – Então vamos combinar assim: não sou idiota com você e você não é idiota comigo. Fechado? – ‘ta, eu não era idiota, mas não vou deixar a culpa de tudo em cima dele (sei que era mesmo tudo culpa dele, mas sou legal demais, né? haha). 
– Fechado – ele disse e me abraçou. Caramba, como o abraço dele era bom [n/a: mentes poluídas, controlem-se agora]. Fazia eu me sentir nas nuvens. O cheiro dele me acalmava, trazia-me uma sensação de paz, confiança. Eu realmente estava gostando disso. 
EPA! Espere aí! Esse é o Nick, o cara metido que eu odiava. O que estava acontecendo comigo? 
Até que ele me soltou do seu abraço e achei que tinha acabado, mas não. Nick puxou meu corpo mais para perto dele e olhou no fundo dos meus olhos. Então começou a se aproximar, até que comecei a sentir a sua respiração batendo levemente no meu rosto. Foi se aproximando mais e fechei os olhos. Senti os nossos lábios se tocarem em um beijo doce, calmo e suave. Foi tão mágico. Nunca tinha beijado alguém assim. Foi então que uma voz bastante familiar nos interrompeu. 
 Demetria? 
– Kevin? O que você está fazendo aqui? – Nick falou. 
– Você estava demorando e a mamãe falou para eu ir procurá-lo. Quando vim, vi você beijando a Demetria e fiquei perdido. Ué, Demi, você não o odiava? 
– Odiava, odeio... Ai, não sei. Esse beijo me deixou completamente confusa. Preciso ir – falei, indo embora. 
– Ei, Demetria! A gente precisa conversar – ouvi a voz de Nick. 
– Eu sei, Nick! Mas deixe-me esfriar a cabeça e organizar os meus pensamentos primeiro, por favor! – falei, apertando o passo. Ouvi alguém falar alguma coisa. Acho que foi o Nick dizendo algo parecido com “tudo bem”, mas não parei para ter certeza e continuei indo para a minha casa. 
No meio do caminho, encontrei a minha vizinha, Selena. 
– Oi, Demetria! 
– Oi, Selena. E aí? 
– Oi! Tudo bem com você? Parece tão estranha. 
– Ah, mais ou menos. Aconteceu uma coisa agora e estou bastante confusa. 
– Quer entrar para conversar? 
– Acho que vou aceitar o convite – aceitei e entrei porque eu não queria ir para casa e correr o risco de encontrar a família Jonas chegando lá de mala e cuia [n/a: que, para quem não sabe, é uma expressão que quer dizer mais ou menos: “com a tralha toda”. Enfim, acho que você deve ter entendido] . 
– Então venha! – falou ela, puxando-me para o quarto dela. – Diga aí. O que aconteceu? 
Contei a historia toda para ela e mostrei uma foto dos garotos (que por algum motivo estava no meu celular), dizendo o nome de cada um deles. Ela falou: 
– Nossa! Não acredito! E você vai ficar com ele? 
– Ai, não sei! A gente não conversou sobre o beijo ainda, mas acho que não vai dar muito certo. Somos muito diferentes um do outro. 
– Você nunca vai saber se não tentar. Ah, qual é? O que pode dar errado no final? Vocês terminarem e você odiá-lo como odiava no começo dessa história? Pense bem: como a gente vai descobrir se achou o príncipe encantado se não tentar? Tente. Vá, Demi. Se não der certo, estou aqui para apoiá-la sempre. 
– Own, Selena! Muito obrigada. Você é uma amiga e tanto. Não sei como a gente não conversou antes. Muito obrigada de verdade. Vou pensar no que você falou. 
– Ah, que bom que ajudei. Pode contar comigo. Está aqui o meu celular – ela disse, dando-me um papel com um número escrito. – Se precisar de alguma coisa ou só quiser desabafar mesmo, ligue. 
– Obrigada – falei, abraçando-a. 
Fui embora para casa, o caminho inteiro pensando no que tinha acontecido. Eu realmente estava perdida. 
Quando cheguei a casa, vi Joe parado na porta. 
– Oi, Joe! 
– Oi, Demetria! E aí? 
– E aí que o Nick me beijou e estou fodida porque não sei o que fazer. 
– Caramba, você é rápida. Sem “enrolação”, manda bala logo, HAHA. 
– Isso era para ajudar, Joe? Porque não fez muita diferença. 
– Ai, desculpe. Vamos conversar lá em cima antes que os meus pais e irmãos chegarem. 
– Ok. 
A gente subiu e contei para ele tudo o que tinha acontecido. 
– Nossa. Que estranho. Eu não sabia que o Nick gostava de você. 
– Eu também não sabia. Estranho, né? 
– É... Bem estranho mesmo. Mas, e aí? O que você pretende fazer sobre isso? – perguntou ele. 
– Não tenho a menor idéia. 
– Ei, posso fazer uma coisa? 
– Pode, ué. O quê? 
– Isso – Joe falou e me deu um selinho. 
– QUE DIABOS FOI ISSO, JOE? – perguntei em choque (n/a: lembrem-se de que na história a Demetria e todos os outros amigos dela têm dezesseis anos!). 
– Desculpe, mas com essa historia do Nick, fiquei com um pouco de ciúme e isso confundiu os meus sentimentos por você. Eu só queria ter certeza. Foi mal. 
– E agora? 
– Agora tenho certeza de que a gente é só amigo mesmo. Esse beijo foi bem estranho. Desculpe mesmo – falou ele, fazendo biquinho. 
– ‘TA, ‘TA! Mas não faça isso de novo. 
– Por quê? Você não gostou? – perguntou ele, parecendo magoado. 
– Não é isso! É que sinto como se tivesse beijado um irmão. Por favor, não faça isso de novo. 
– Tudo bem. Desculpe-me de novo. 
– Ok! – falei. 
 JOE! VENHA AQUI! – tia Denise (mãe dos Jonas) gritou. 
– ESTOU INDO, MÃE! – ele gritou. – Ei, Demi, vou lá. Tenho que ajudar a descarregar o carro e arrumar as nossas coisas. Depois é hora do almoço, então vou descer. Cuide-se e pense bem no que aconteceu para não fazer merda. ‘Ta? – ele falou, sorrindo. 
– Está bom, haha – respondi. 
– Ei, e se você decidir ficar com o Nick e por acaso ele a magoar, estou aqui sempre do seu lado. Viu? Sei que o meu irmão é ele, mas estou do teu lado sempre. 
– Own! Você é o melhor amigo do mundo. Amo você, Joe! – eu disse, abraçando-o. 
– Awn, também a amo, sua chata. 
 JOE! – Denise gritou de novo. 
– Vou lá. Tchau – falou e saiu. 
E agora estou aqui, escrevendo nesse diário idiota. Não sei ainda por que escrevo, mas tudo bem. O problema é que não sei o que fazer. Fico com o Nick ou não? Como o Joe falou, e se ele me magoar? O que faço? 
Ah, como sou estúpida... Perguntando isso para um pedaço de papel! Vou descer e ver se o almoço está pronto. 




Ai, meu Deus! O Nick me beijou de novo! E me confundiu mais ainda. Vou me matar! (n/a: momento emo. Nem repare) 
Desci e vi Nick lá, levando uma caixa para a sala. Quando ele me viu, largou a caixa e veio falar comigo. 
– Oi. 
– Oi, Nick. E aí? – falei, tentando parecer distraída. 
– Preciso falar com você. 
– Ok. Venha cá – falei, puxando-o para o meu quarto. Eu não sabia o que ele queria falar comigo, mas sabia que não queria que ninguém ouvisse (e eu também não queria. Também tenho minha privacidade. Não quero que escutem as minhas conversas. Alô). 
– Pronto. Fale 
– Então... Aquele beijo me deu muito o que pensar. Não sei direito por que a beijei, mas você estava lá, tão perto de mim, que a minha antiga paixão por você reacendeu do nada. Eu sabia que me odiava, mas resolvi tentar. Se você odiou o beijo e quer me matar agora, entendo. Desculpe-me mesmo. 
– É também me deu muito o que pensar – falei dessa vez realmente distraída. – ESPERE AÍ! Você falou “antiga paixão reascendeu”? Como assim? – ok. Agora eu estava realmente confusa.
– Quando a gente era menor (n/a: como se eles fossem tão grandes assim. Tsc, tsc), eu tinha uma paixão secreta por você. Irritava-a porque era o jeito mais fácil de ficar perto sem demonstrar isso para você ou os meus irmãos. Depois que vocês se mudaram, achei que essa paixonite tinha passado, mas pelo jeito eu estava errado – falou, olhando para baixo. 
– Nossa, Nick. Nem sei o que dizer. 
– Posso perguntar uma coisa? 
– Pode, sim. O quê? 
– Quer namorar comigo? 
– Hã? 
– Quer? 
– Ai, Nick. Não sei ainda se estou pronta. Tenho medo de isso tudo acabar mal. 
– Você nunca vai saber, se não tentar. 
– Olhe, Nick. Eu... – comecei, mas ele colocou o dedo na minha boca [n/a: para fazê-la ficar quieta. ‘Ta, gente? Não pensem porcaria, por favor, HAHA). 
– Não diga nada. Pense um pouco. Amanhã você me diz. 
– Tudo bem. Vou pensar. 
Falei isso e fui em direção à porta para Nick ir embora. Mas, nesse momento, ele veio na minha direção e me beijou. 
– Ei, vá com calma. Falei que ia pensar! – falei, rindo e me afastando dele. 
– Nossa. Olhe que evolução. Ganhei um sorriso seu. 
– Pois é, né? 
– Amanhã. Viu? Pense com carinho – falou, indo embora. 
– ‘Ta! 
Realmente não sei o que fazer. Preciso mesmo pensar. Quero ligar para a Selena, mas não sei onde coloquei o número. Depois procuro. Vou sair para almoçar no shopping. Não vou conseguir comer aqui em casa com o Nick. Não vou mesmo. 




Ainda não acreditei em quem conheci! OMG! 
Saí de casa de fininho. Ninguém me viu. Aí eu fui para o shopping, sentei-me em uma mesa e almocei. Quando terminei de comer, comecei a pensar em tudo o que tinha acontecido, em como ontem, quando acordei, eu era só uma idiota sem amigos ou namorados, e agora a minha vida está essa confusão toda e não sei o que fazer. Ainda tenho que dar uma resposta para o Nick. Ai, caramba. 
– Oi. Por que você está chorando? – perguntou uma garota mais ou menos da minha idade e foi nesse momento que percebi que escorriam lágrimas pelo meu rosto. 
– Resumindo: sou uma idiota que não sabe lidar com amigos e garotos. 
– Haha, você não é a única. Meu ex-namorado era um completo retardado e me trocou pela minha melhor amiga. 
– Ai, nossa. Sinto muito. 
– Tudo bem. Já faz mais de um mês. Estou legal. Não dá para eu ficar chorando por isso para sempre. Eles não merecem as minhas lágrimas. 
– Verdade. Você está certa. Sente-se aí – falei, fazendo sinal para ela se sentar na cadeira à minha frente. – Como é o seu nome? 
– Sou Miley. E você? 
– Sou Demetria. Caramba, você parece a Miley Cyrus, aquela cantora famosa. 
– É porque sou a Miley Cyrus – nesse momento, parei de respirar. 
– Co...como é que é? Você só pode estar me zoando! 
– Zoando? Bem que eu queria [n/a: é. Também não entendi]. Sou a Miley Cyrus, sim. Minha mãe ficava falando que eu estava muito cansada com os shows e tal e me mandou aqui para Nashvile por um mês. Estou presa aqui. 
– Caramba! Sou muito sua fã. Você é foda! 
– Own, que fofa você! Muito obrigada. Mas então... Porque estava chorando? 
– É que recebi ontem a visita de uns amigos que fazia anos que eu não via e vão ficar lá em casa por um tempo. Aí entre eles está um menino que eu odiava. Ele disse que gostava de mim, me beijou e me pediu em namoro. 
– E você? 
– Disse que ia pensar e amanhã dava a resposta. 
– E você vai dizer o quê? 
– Não tenho a mais vaga idéia. 
– Nossa, que tenso. 
– Muito. Então, você tem alguma coisa para fazer? 
– Na verdade, não. Por...? 
– Quer ir lá em casa? Tipo, para dormir e tal. Aí a gente conversa melhor. Achei você super legal e já está ficando tarde. Nem percebi que passei a tarde inteira no shopping. 
– Ah, quero, sim. 
– Então vamos – falei, levantando-me. 
– Ok. 
Chegamos aqui a casa e já era hora do jantar. Não tinha ninguém. Devem ter saído. Eu e Miley conversamos mais um pouco, comemos alguma coisa e agora vamos dormir. 
Boa noite. 

(N/A: Demetria perdeu o diário. Ok? Então, a partir de agora, ela vai narrar a história, mas sem o diário. Continua tudo do ponto de vista dela. Ok? Só que agora não é depois. É durante os acontecimentos. Vou dizer as datas para não confundir vocês.) 

20 de dezembro 

Acordei cedo e Miley ainda estava dormindo. Logo dei por falta do meu diário. Onde será que ele estava? Comecei a procurar. 
– O que você está procurando, Demetria? – Miley falou, assustando-me. 
– Ai, Miley! Não sabia que você estava acordada. 
– Pois é. Então, o que está procurando? 
– Meu diário. Não sei onde o pus. 
– Mas foi aqui que você perdeu? 
– Sim! Antes de dormir, escrevi nele. 
– Ah, então a gente procura! 
 DEMETRIA! – minha mãe gritou. 
– O QUE, MÃE?! 
– VENHA TOMAR CAFÉ DA MANHÃ, FILHA! 
– ESTOU INDO! – falei, em resposta. – Vamos lá, Miley? Depois a gente procura! 
– Está bom! 
Descemos e estava todo mundo já tomando café. Inclusive Nick. 
– Quem é a sua amiga, Demetria? – perguntou minha mãe. 
– É a Miley, mãe. 
– Bom dia, senhora Lovato. 
– Bom dia, querida. Pode me chamar de Andrea. 
– Ok, Andrea. 
Depois disso, Nick olhou para trás (sim, ele estava de costas) e viu nós duas. 
 MILEY?! – ele falou assustado. 
 NICK?! – respondeu ela, igualmente em choque. 
– ESPERE AÍ! VOCES SE CONHECEM?! – falei também assustada. 
– Sim! A Miley é a ex do Nick – falou Joe. 
– COMO É QUE É?! – falei. 
– Pois é, Demi. Foi o Nick quem fez aquela merda que falei – falou Miley. 
– Foi ele? OMG! [n/a: lê-se “Oh, my God”] 
– Não vá me dizer que foi ele o cara que a beijou? – falou Miley. 
– Espere aí! Você e o Nick se beijaram? Demetria Lovato! Explique-se – falou a minha mãe. 
– Mãe, longa história. Depois conto – virei-me para Miley. – Sim, Miley. Foi ele. Por quê? 
– Porque ele me trocou pela minha melhor amiga. Se eu fosse você, não ficava com ele. 
– EI! EU ESTOU AQUI! SABIA?! – falou Nick. 
– Cale a boca, Nick. Depois a gente conversa – falei séria. 
– Posso pelo menos me defender? 
– Fale logo antes que eu mude de idéia – falei. 
– Ok, primeiro: desculpe-me, Miley. Aquele dia foi horrível. Sei que você me odeia, mas, acredite ou não, foi a Selena que me beijou e... 
– OPA! PARE TUDO! – falei, gritando. 
– Que foi? – falou Nick com medo. 
– É A SELENA, NOSSA VIZINHA?! 
– Uma moreninha, com cara de anjo e que é do Texas? Ela mesma – falou Kevin, esclarecendo tudo. 
– AH, NICK! VOCÊ SÓ PODE ESTAR ME ZOANDO! Finalmente arrumo amigas e depois descubro que você já ficou com as duas. Como você quer que eu aceite namorar você assim? 
– NAMORAR?! QUEM FALOU EM NAMORAR?! – falou o meu pai, descendo as escadas. 
– Longa história, pai. Depois eu explico. 
– Olhe, Demetria, desculpe! Eu não sabia que você era amiga das duas e essa historia aconteceu há um mês. Como queria que eu adivinhasse que ia reencontrá-las e que as duas iam ser suas amigas? 
– Está bom. Desculpe. Você está certo. Mas qual foi a merda que você fez, Nick? Já ouvi da boca da Miley. Agora quero ouvir a sua versão dos fatos. Vamos lá em cima. Venha – subi com Nick, deixando todos com uma enorme interrogação na cabeça. 
– Pronto. Desembuche. 
– Olhe, Demetria. Eu... 
– Ei! Sem preliminares. Fale logo. Não tenho o dia todo – falei. Na verdade, eu tinha o dia todo, já que não tinha nada mais para fazer, mas disfarce. 
– Está bom. Sente-se aqui – sentei-me na minha cama, ao lado dele. – Então, Demetria, foi assim... Eu estava namorando a Miley, mas o nosso relacionamento já não estava lá essas coisas. A gente brigava bastante e tal. Não estava legal. Aí um dia eu estava no camarim de um show, que caso você não saiba, eu e meus irmãos temos uma banda, um pouco famosa, e aí a Selena apareceu, dizendo que gostava de mim. Falei para ela que eu tinha namorada, mas a menina me agarrou e me beijou. Nessa hora, a Miley entrou na sala e nem esperou explicações. Disse que eu era um traidor, que a Selena era a melhor amiga dela e que não queria me ver nunca mais. Então foi isso. Depois disso, namorei por duas semanas a Selena e descobri que ela era legal, mas eu não a amava do jeito que amava a Miley. Sabe? Aí a gente terminou e a Selena me mandou procurar a Miley e pedir desculpas, porque ela disse que estava na cara que eu gostava dela. Fui atrás da Miley, mas ela já estava ficando com um cara lá e não quis falar comigo. Foi isso. 
– E você ainda ama a Miley, mas mesmo assim quer ficar comigo? – perguntei com raiva. 
– Não! Não amo a Miley. Não mais... eEa me tratou de um jeito tão frio quando fui procurá-la que desisti. Esqueci-me dela. É sério, Demetria! 
– Está bom, Nick. Parece que você está falando a verdade. Tudo bem – está bem. Não estava tudo bem. Não estava NADA bem. 
– Então, qual é a minha resposta? 
– Que resposta? 
– Namora comigo? 
– Quê? NÃO, NICK! NÃO! Dê-me um tempo para digerir tudo isso. Não sei se posso confiar em você ainda. É melhor não. 
– Então a resposta é não? 
– É. 
– Tudo bem. Eu entendo... 
– Agora dá para você me deixar sozinha, por favor? 
– ‘Ta ‘ta. Tanto faz. Tchau – falou, saindo com raiva. 
Ouvi baterem na porta. 
– Quem é? – perguntei 
– Sou eu, Demi. Abra aqui. 
– Está aberta, Joe. Entre. 

[Narração em terceira pessoa ON] 

Joe entrou e viu que Demetria estava chorando muito. Ele não pensou e nem falou mais nada. Só abraçou a melhor amiga. Ficaram lá abraçados por uns minutos, quando Demetria resolveu falar: 
– Obrigada, Joe. Muito obrigada. É bom saber que pelo menos em você posso confiar – falou com a voz chorosa. 
– Claro que pode, Demi. Claro que pode. Sempre. Você é minha melhor amiga. Lembra-se? 
– Obrigada. 
– Então, quer desabafar, falar alguma coisa? Estou aqui sempre. Não se esqueça. 
– Então, achei que estava ficando tudo bem, que eu tinha achado duas amigas em quem podia confiar, estava até começando a gostar do Nick... Mas aí desaba isso tudo em cima da minha cabeça de uma vez só. Não sei se agüento – e começou a chorar de novo. 
– Claro que agüentam bebê. Claro que aguenta – falou, abraçando-a forte até as lágrimas cessarem. – Vamos lá para baixo? 
– ‘Ta. Pode ser. 

[Narração em terceira pessoa OFF] 

Depois do apoio de Joe, achei que estava pronta para encarar todo mundo de novo. Fomos descendo as escadas e, quando chego à metade dos degraus, vejo Nick e Miley no maior amasso. Isso bastou. Desabei e caí sentada na escada, fazendo o maior barulho e começando a chorar de novo. Todos olharam para mim, preocupados. Miley veio até mim e Nick ficou lá, parado como uma porta. 
– Como você pôde, Nick? Você disse que não gostava mais da Miley, mas mesmo assim lhe dei um fora. Quando chego aqui, vocês dois estão se beijando? O que houve? 
– Você deu um fora nele? – falou Miley. Concordei com a cabeça. – NICK! Você disse que tinha terminado com ela e queria ficar comigo! 
– Você disse o quê? AH, NICK! VOCÊ É MESMO UM COMPLETO IDIOTA! – falei, levantando-me, engolindo o choro, indo em direção ao Nick e dando um tapa na cara dele. 
– AI! QUAL É?! – falou ele. 
– Quer saber? – comecei. – Tudo bem! Quer ficar com a Miley? FIQUE ENTÃO! Sinceramente, não ligo! Mas eu estava começando a odiá-lo menos, Nick. Estava começando a confiar em você e o senhor me apronta uma dessas? Se quiser ficar com a Miley e a ela quiser ficar com você, FIQUEM juntos! De verdade. Quero que vocês sejam felizes. Mas, Nick, não espere que eu volte a falar com você normalmente de novo, porque não vai dar. Não vou conseguir. Odeio você de novo, mais do que odiava no começo de tudo isso, se é que isso é possível. Seu mentiroso! – falei e saí correndo. 
Não sabia bem para onde eu estava indo, mas precisava ficar longe de toda aquela mentira. Eu precisava do meu melhor amigo, Joe, ao meu lado, mas ele estava lá na casa, acalmando todo mundo. Como pode nesse mundo existir tanta mentira? Caramba! Será que só no Joe posso confiar? Ou nem nele posso? Vá, destino. Quer foder a minha vida de novo? Vá em frente!
Sentei-me em um banco qualquer em uma praça qualquer e comecei a chorar de novo. Depois de um tempo, eu não tinha mais lágrimas, então fiquei só olhando as pessoas que passavam. Tinha vários casais sorrindo, felizes, como se tudo na vida fosse perfeito. Casais que só se amavam e não se importavam com mais nada. “Como eles são cegos!”, eu pensava. Que sortudos, ignorando toda a mentira e falsidade que existia nesse mundo de merda. 
Que mundo pequeno! Como consegui achar a ex-namorada e a “ex-amante” do Nick no mesmo dia? Caramba, minha vida é mesmo uma merda, tudo é uma merda, nada na minha vida dá certo... Que ódio! 
– Oi. Você está legal? Estou a observando há um tempo e você fica só olhando o movimento sem absolutamente nenhuma expressão no rosto. Esta bem? – falou um garoto mais ou menos da minha idade (achava eu), sentando-se ao meu lado. 
– Ah, na verdade, não estou bem. Não estou nada bem. Odeio a minha vida – falei e uma lágrima escorreu pelo meu rosto. 
O garoto estranho colocou a mão no meu rosto e secou a lágrima com o polegar. Ele ficou um tempo me olhando nos olhos e depois voltou a olhar o movimento, junto comigo. 
– Obrigada. Mas, então, não sei o seu nome ainda – falei distraída, pensando em com que cara eu voltaria para casa e encararia Nick e Miley novamente. 
– Sou Jake. Você é a...? 
 Demetria – falei, dando um meio sorriso. 
 Demetria. Que nome lindo, mas muito formal. Posso chamá-la de Demi? 
– Pode, sim. É o meu apelido. 
– Então ‘ta, Demi. Mas por que você odeia sua vida? Se você quiser falar, claro. 
– Primeiro preciso lhe fazer umas perguntinhas – falei como quem não quer nada. 
– Interrogatório é? Haha – dei língua para ele. – Está bom. Pode falar. 
– Primeiro: você conhece os Jonas? 
– Quem? Os Jonas Brothers? Já ouvi falar, sim. São famosos né? 
– E Miley Cyrus ou Selena Gomez? 
– Da Miley já ouvi falar. É cantora, né? Selena eu não conheço. Ela é famosa? 
– Não. 
– Então, tem mais alguma pergunta? 
– Você é daqui? 
– Mudei-me ontem com os meus pais e minha irmã para cá, na verdade. Sou de New York. 
– Ah, legal. Você tem namorada ou alguma ex-maluca que o odeie por alguma razão? – falei e ele riu da minha pergunta. 
– Na verdade, nunca namorei. Já fiquei com algumas garotas, mas nenhuma delas era a certa para mim. Sabe? 
– É, eu sei como é. 
– Era só isso, detetive? Estou livre da lista de suspeitos do crime? 
– Está, sim – ri e ele riu também. 
– Então ‘ta. Agora me conte: por que você odeia a sua vida? 
Resumi a historia toda para ele e o mesmo ouvia com atenção. Quando terminei de falar, olhou para mim e disse: 
– É, sei como é. Viver em um mundo cheio de mentiras... Não entendo como você sobreviveu, haha. Saí de NY porque meus amigos eram falsos, eu tinha uma vida falsa. Não estava agüentando mais. Então pedi para os meus os pais para sair de lá e eles concordaram numa boa. 
– Nossa! Finalmente alguém que me entende! – falei, estendendo as mãos para o céu, fazendo o meu mais novo amigo rir incontrolavelmente por alguns segundos. 
– Você é tão legal. Não sei por que todo mundo mente para você desse jeito – falou ele. 
– Obrigada. É, eu também queria entender o porquê de tanta mentira. 
– Você vai ficar aqui para sempre? Já faz uma hora que está parada aqui, olhando o nada. 
– Como você sabe? 
– Quando cheguei e a vi aqui, eram três horas. Agora estou aqui, falando com você, e são quatro horas. 
– QUATRO HORAS?! Meu Deus! Não almocei ainda – quando falei isso, meio que instantaneamente meu o estômago roncou. 
– Você ainda não almoçou? Caramba! Deve estar morrendo de fome. Vou levá-la ao meu restaurante favorito. Venha comigo – hesitei, mas depois me levantei. – Ué, o que foi? 
– Tenho um pouco de medo de confiar nas pessoas agora, mas por algum motivo sinto que em você posso confiar – falei, sorrindo. 
– Nossa, desde que você chegou aqui, é a primeira vez que a vejo sorrir de verdade – falou ele, sorrindo também. 
– Haha. Pois é. Vamos dizer que minha vida está uma confusão agora e eu meio que não tinha muitos motivos para sorrir. 
– E agora tem? 
– Claro que sim! Ganhei um novo amigo. Isso é ótimo. 
– Então eu sou seu amigo? 
– Claro que é! 
– Ah, que bom. Achei que eu era só um estranho. 
– Que nada. Não é porque faz pouco tempo que nos conhecemos que não podemos ser amigos! – falei, dando um abraço rápido nele. 
– Ah, que bom então... Amiga – falou e nós rimos. 
– Então, onde é esse tal restaurante? 
– É por aqui. Venha. 
– É perto? 
– É, sim – falou ele, puxando-me pela mão. 
Andamos por poucos minutos, até chegar a um restaurante simples, mas chique. 
– Uau. Aqui é lindo. 
– Pois é. Adoro vir aqui. Descobri esse restaurante quando vim para cá a passeio. Só que desde que me mudei, não tive tempo de vir aqui de novo. 
– Olá, senhor – disse um garçom, falando sem olhar muito bem para nós, distraído com outra coisa. Quando olhou, deu um sorriso. – Jake! Que bom vê-la. Há quanto tempo! Veio passar férias aqui de novo? 
– Oi, Charls. Faz tempo mesmo – falou Jake com um sorriso tão lindo que me deixou pasma. – Férias? Não, não. Vim morar aqui. 
– Sério? Nossa, que ótimo. Então vou vê-lo mais vezes no meu restaurante? – falou um homem de terno que obviamente era o dono de lá. 
– É, Phil. Pelo jeito, sim. HAHA! 
– Quem é essa? A sua namorada? – o tal Phil falou, fazendo-me corar. 
– Ah, não. É a minha mais nova amiga – falou ele, piscando para mim. 
– O. Muito prazer. Sou Demetria – falei, dando um sorriso tímido. 
– Oi, Demetria. Sou Phillipe, mas pode me chamar de Phil. Sou o dono desse restaurante. 
– Nossa, aqui é lindo – falei, ainda impressionada. 
– Obrigado. Espero ver você mais vezes no meu restaurante. 
– Com certeza – falei, ainda sorrindo. 
– Então, tenho que ir. Bon apetit – falou, indo para dentro de uma sala que presumi ser a cozinha. 
– Vamos para a sua mesa de sempre, Jake? – falou o garçom. Como Jake tinha o chamado mesmo? Ah, sim. Charls. 
– Mesa de sempre? Então pelo jeito você vinha mesmo aqui com muita freqüência – falei, rindo. 
– É, sim. Há um ano, vim passar um mês aqui de férias e vinha almoçar e jantar aqui todos os dias. 
– Ah, mas por que essa é sua mesa de sempre? 
– Porque eu sempre me sentava aqui. É mais reservado. Gosto. 
– Aqui, Jake e senhorita. Vou buscar os cardápios – falou o garçom, saindo. 
– E aí, gostou? 
– Gostei, sim. É bem legal. 
– Pelo jeito, temos muitas coisas em comum. 
– Verdade. 
– Aqui senhor – falou Charls, entregando os cardápios. 
– Vou querer o de sempre, Charls. Você vai querer o que, Demi? 
– O que é “o de sempre”, Charls? – falei, imitando a voz de Jake e fazendo o garçom e ele caírem na gargalhada. 
– É um estrogonofe de frango, senhorita. 
– Ah, vou querer um também. E um suco de maçã, por favor. 
– Suco de maçã? Jake, essa menina é a sua alma gêmea ou o quê? – fiquei olhando para o garçom com cara de quem não tinha entendido nada e ele continuou. – É que Jake sempre pede suco de maçã. 
– Ah, sim! HAHA – falei, rindo. 
– Vou providenciar – falou Charls, saindo, mas logo voltando com os sucos. 
– Aqui os sucos. A comida fica pronta logo – disse, entregando os copos de suco e saindo. 
– E então... Parece que temos mais em comum do que eu imaginava – falei, tomando o meu suco distraída. 
– Verdade – falou Jake, olhando para mim. 
– O que você está olhando? 
– Nada. É só que você é muito bonita. 
– Ah, obrigada – falei, sorrindo. 
A comida chegou. Comemos e conversamos sobre algumas coisas sem importância. Jake pagou toda a conta (mesmo comigo insistindo) e fomos andando. 
– Vai para casa agora? – Jake perguntou. 
– Acho que sim. Não tenho mais o que fazer mesmo. Se bem que não quero encarar aqueles mentirosos de novo – falei e o meu celular tocou, alertando nova mensagem. 

“Oi, Demi. Aqui está a maior confusão. Nick e Miley tão brigando e todo mundo saiu de casa. Só tão eles e eu aqui. Vim para o meu quarto, mas eles ainda estão discutindo. Não venha para cá agora, não. Espere um pouco. Viu?
Amo você. Cuide-se, bebê. Ligue quando estiver vindo.
Joe. ”
 

Jake leu a mensagem por cima do meu ombro e perguntou: 
– Seu namorado? 
– Não. Meu melhor amigo – falei e respondi a mensagem. 
– Ah, ‘ta. 
– Por quê? 
– Ah, não. Nada. Só curiosidade. 
– Hum, sei... HAHA! 
– Então, já que você não pode ir para a sua casa, por que não vamos para a minha? 
– Pode ser. 
Fomos andando até a casa de Jake que, por coincidência, era ao lado da minha. 
– NÃO INTERESSA, NICK! VOCÊ MENTIU! – ouvi os gritos. 
– Nossa, dá para ouvir daqui a gritaria – falei. 
– Esses são os dois de quem você falou? 
– São, sim. Ai, coitadinho do Joe. Está lá sozinho. Acho que vou lá ficar com ele. 
– Chame-o para vir para cá, ué. 
– Posso? 
– Claro! 
– Ok. Obrigada. Vou ligar para ele. 
Disquei o número de Joe e ele atendeu no primeiro toque: 
 Alô? 
– Oi, Joe. É a Demi. 
 Oi! 
– Você quer vir aqui? Estou na casa do Jake. É a casa ao lado. 
 Esquerda ou direita? 
– Direita. 
 ‘Ta. Vou sair pelos fundos. Estou indo aí. 
– Ok. Beijo. 
Desliguei. 
– Ele está vindo para cá. Não tem problema mesmo, né? 
– Claro que não. Se ele é o seu amigo, é meu amigo também. 
– Você é demais, Jake. Muito obrigada. 
– Ah, imagine, Demi! 
Nesse momento, Joe chegou. 
– Oi, Demi! – falou, abraçando-me, e depois olhou para Jake. – Oi. Sou o Joe. Você é...? 
– Jake. 
– E aí? Então, Demi, está tudo uma confusão lá dentro. Dá para ouvir aqui os gritos, mas acho que daqui a pouco eles param de brigar. 
– Ah, ainda bem. 
– Então, você e o Jake se conhecem há muito tempo? – Joe falou desconfiado. 
– Na verdade, a gente se conheceu agora – falei. 
– Ah. Ei, olhe lá. Os dois estão saindo! 
– De mãos dadas? – falei assustada. 
– É. Parece que se acertaram. 
– Ah, ainda bem. Menos um para eu me preocupar, haha. 
– Então já que eles saíram, vou voltar para casa. Tchau. 
– Espere, Joe. Vou também. 
– ‘Ta. Espero você na porta – falou, indo para lá. 
– Então, Jake... Hoje foi incrível. Realmente adorei conhecê-lo. Obrigada por tudo. Se não fosse por você, agora eu ainda estaria chorando por aqueles dois ali. Haha. 
– Você gosta mesmo desse Nick, né? 
– QUÊ?! NÃO! – caí na gargalhada. – Na verdade, eu o odeio. Mas ele estava se tornando o meu amigo. Então essas mentiras me incomodaram bastante. 
– Ah, ‘ta. Entendi. Também adorei hoje. Foi super legal. Eu ia pedir o seu telefone, mas a gente é vizinho. 
– É melhor prevenir do que remediar – falei, dando o número do meu celular para ele. 
– Valeu. Haha. 
– Tchau, Jake! – falei, abraçando-o e indo para casa. 
Fui para casa com Joe, mas logo fui para o meu quarto e dormi. Eu estava realmente cansada. Foi muita emoção para um dia só. A última coisa de que me lembro é que me deitei na minha cama, com a mesma roupa que estava, e caí no sono quase que instantaneamente. 

21 de dezembro 

Quando acordei, nem me lembrava de toda a confusão que estava minha vida. Olhei no relógio e já eram duas horas da tarde. Quando fui pegar o meu celular, vi que tinha uma mensagem de um número desconhecido que tinha chegado aproximadamente às nove horas da manhã. 

“Oi, Demetria. Aqui é o Jake. Sei que é cedo ainda, mas não costumo dormir até tarde. Ontem foi muito legal. Sinto que podemos ser grandes amigos. Minha irmã e eu temos quase a mesma idade. Vocês duas podiam se dar bem. Não vou sair de casa hoje. Quando acordar, venha aqui que eu a apresento a ela. Beijos.” 

Li a mensagem e resolvi ir lá na casa de Jake conhecer a sua irmã. Afinal, o que mais eu tinha para fazer? Nada mesmo. Então coloquei uma roupa simples e fui. 
Quando cheguei lá, uma menina de cabelos escuros abriu a porta. Falei: 
– Oi. Você é a irmã de Jake? 
– Sou, sim. Meu nome é Selena. 
– Muito prazer, Selena. Sou Demetria, a sua vizinha – falei, apontando para a minha casa. 
– Ah, você é a Demetria! Meu irmão me falou de você. 
– Falou? Espero que tenha falado bem, HAHA. 
– Falou, sim. Ele foi comprar pão porque a minha mãe pediu, mas daqui a pouco volta. Venha. Entre. 
– Ok. Licença – falei, entrando. 
– Não repare a bagunça. Acabamos de nos mudar. 
– Haha, não tem problema. 
– Vamos lá para o meu quarto. Venha – falou, puxando-me para o quarto. – Então, o que você gosta de fazer? 
– Ah, na verdade, não muita coisa. Sou meio preguiçosa, haha. 
– Ah, entendi. Também sou assim, haha. 
– Então, você tem muitos amigos aqui? 
– Na verdade, nenhum ainda. Quer dizer, a não ser que você queira ser minha amiga, né? 
– Ah! Claro que quero! Você parece ser super legal. 
– Obrigada. Também gostei de você. Então, você e o meu irmão estão tendo alguma coisa? 
Demorei um tempo para entender o que ela quis dizer. 
– Quê? Não, não temos nada. Quer dizer, ele é meu amigo e parece ser bem legal, mas, se você quis dizer como namorados ou coisa do tipo, não. Quero distância dessas coisas por enquanto. 
– Ué, mas por quê? 
– Ixi, longa história. Mas não estou muito a fim de me lembrar isso agora. Depois conto. 
– Tudo bem. Entendo. E você? Tem muitos amigos por aqui? 
– Na verdade, não. Tem o Joe e o Kevin. Acho que só – eu não considerava a Miley muito minha amiga ainda. – Ah, espere. Tem a Selena – sei que ela tinha roubado o Nick da Miley, mas parecia ser legal. – Ela mora aqui perto. Acho que está em casa. Vamos lá? 
– Vamos, sim! 
Fomos caminhando e no caminho o meu celular tocou. 
– Alô? – falei distraída. 
 Demetria? 
– Sim. Quem é? 
 É o Jake. 
– Ah. Oi, Jake! 
 Então, fui à sua casa chamá-la para ir conhecer a minha irmã, caso não tivesse recebido a mensagem, mas a empregada falou que você tinha ido à minha casa. Cheguei lá e nem você nem a Selena estavam. Ela está com você? 
– Está, sim. A gente está indo na casa de uma amiga minha aqui perto. Quer vir? 
 Não dá. A minha mãe quer que eu a ajude a arrumar a mudança. Faz dois dias que a gente se mudou. Está tudo uma bagunça. Mas a gente conversa quando vocês voltarem. 
– Tudo bem. Tchau. Beijos. 
 Beijos – e desligou. 
– Era o Jake? – falou Selena. 
– Sim! Ele só queria saber onde você estava. 
– Ah, ‘ta. O meu irmãozinho sempre preocupado comigo... – falou ela, rindo. Ri também. 
Quando ela falou isso, lembrei-me de Joe. Ele era o meu melhor amigo, sempre preocupado comigo. Desde ontem de manhã que a gente não conversava direito. Precisava falar com ele. Quando acordei, ele não estava em casa. Se bem que acordei tarde. Ele pode ter ido, sei lá, almoçar fora. 
Chegamos à casa de Selena, apertei a campainha e a mãe dela atendeu. 
– Oi, senhora Gomez. 
– Oi, Demetria. Por favor, me chame de Mandy. 
– Oi, Mandy – corrigi. – A Selena está? 
– Não. Ela foi ao cinema com um garoto. Mas o filme já deve ter terminado. O lugar é a duas quadras daqui. Vá lá! Acho que ela ia gostar de ver você. 
– Ok. Venha, Selena. Tchau, Mandy! 
– Tchau, meninas! 
Fomos ao cinema. Quando chegamos lá, vi Selena beijando um garoto que logo reconheci. 
 Joe? 
Ele se separou rapidamente de Selena e veio falar comigo. 
 Demetria? O que você está fazendo aqui? 
– Fui à casa de Selena porque queria falar com ela, mas a mãe dela me disse que estava aqui. Então vim encontrá-la. Quando chego, vejo essa cena. 
– Olhe, eu... 
– Está tudo bem, Joe. Você não me deve explicações nem nada. Somos só amigos. Vou para casa. Tchau. Venha, Selena – falei, levando Selena comigo. 

Enquanto isso, ainda no cinema...

[Narração em terceira pessoa ON. Demetria já havia ido embora.]
 

– Selena? Você me deve explicações. 
– Olhe, Joe. Eu... 
– Selena, você me disse que veio para cá a passeio, chegou hoje e ia embora depois de amanhã, que tinha gostado de mim e me convidou para ir ao cinema, já que não conhecia mais ninguém daqui. Depois me beijou contra a minha vontade, mesmo eu dizendo que estava apaixonado por outra pessoa. Agora descubro que você mora aqui e ainda é amiga da garota que amo? – essa era a primeira vez que Joe dizia que amava Demetria em voz alta, mas ele não percebeu isso, já que em seus pensamentos ele dizia isso o tempo todo. 
 Joe, a Demetria me contou a história do Nick e me mostrou uma foto sua e dos seus irmãos, dizendo o nome de cada um deles. Ela me falou que vocês iriam morar todos juntos e percebi que ela falou de você de uma maneira especial. Disse que estava confusa com tudo e eu tinha medo de ela ficar com você primeiro, já que eu tinha o achado bonito. Então eu precisava de uma desculpa para me aproximar e fazer você se apaixonar por mim antes dela. Desculpe-me por mentir. Foi idiotice. Você se apaixonaria por mim de qualquer jeito. 
– Você é mesmo uma vaca. Não acredito que fez tudo isso mesmo. Caramba, é uma idiota. Não sei como a Demetria conseguiu ser sua amiga. 
– Eu me aproximei dela para saber mais coisas sobre você, dã. 
– Você não disse que tinha gostado de mim por uma foto que ela mostrou? 
– ‘Ta. Era mentira. Eu o vi passando por aqui e o achei lindo. Então descobri que ia morar na casa da retardada da minha vizinha e me aproximei dela para saber mais coisas sobre você. Claro que deu certo, porque sou mesmo um gênio. 
– Você é uma burra idiota. Isso, sim. Fui – falou, saindo com raiva. 

[Narração em terceira pessoa OFF] 

 Demetria, por que você não fala logo para o Joe que o ama? 
– Co... Como? Não amo o Joe! 
– Se não amasse, não tinha dado aquela cena de ciúme, né?! 
– Que cena de ciúme? Ele é o meu melhor amigo, quase um irmão. Fiquei com pouco de ciúme, sim! 
– Não! Tenho ciúmes de algumas garotas com quem Jake aparece de vez em quando, mas não é a mesma coisa! Está na cara que você ama o Joe, Demetria! Admita isso para si mesma! 
– Dá para a gente parar de falar sobre isso? – Selena estava me irritando com aquela conversa. 
– Tudo bem. 
Deixei Selena em casa e me tranquei em meu quarto, chorando. Será que eu amava mesmo o Joe? Será que Selena estava certa? Não, não podia ser! Joe era meu o melhor amigo desde criança. Eu o amava como um irmão. Não podia ser mais que isso! 
Ou podia? 
Meu celular tocou. Era Jake. 
– Alô? – falei com a voz triste. 
 Oi, Demetria. É o Jake. Você está chorando? 
– Não é nada. É que estou vendo um filme romântico. Sempre me emociono com essas coisas bobas – ok. Isso era mentira. Eu odiava filmes românticos, mas não queria que Jake achasse que sou uma chata chorona. Já basta o jeito que eu estava quando a gente se conheceu. 
 Você não me engana, Demetria. Posso conhecê-la há pouco tempo, mas acho que você não é o tipo de garota que gosta de filmes românticos. Estou certo? 
– Er... 
 Vou aí à sua casa. Acho que você precisa de um ombro amigo. Tudo bem? 
– Venha, Jake, por favor! – falei, chorando de novo. Eu precisava desabafar com alguém agora e, pela primeira vez na vida, esse alguém não podia ser o Joe de jeito nenhum. 
 Estou indo. Beijos. 
Ouvi alguém bater na porta. 
– Quem é? – falei. 
– Um rapaz chamado Jake quer falar com você – falou Maria, a nossa empregada. 
– Peça para ele subir. 
– Ok. 
Logo, Jake chegou. 
 Demetria? Posso entrar? 
– Entre, Jake. 
Quando ele entrou, viu que eu estava chorando e me abraçou. Quando as minhas lágrimas pararam, falei: 
– Obrigada, Jake. Eu precisava mesmo de um abraço e queria desabafar com alguém. Mas dessa vez não pode ser o Joe. Sei que a gente se conhece há pouco tempo e você deve me achar uma boba chorona, mas sinto que você pode ser um grande amigo. 
– Que é isso. Se precisar, pode desabafar comigo. Não a acho uma boba chorona nada. Pare com isso. Já a considero uma grande amiga – falou ele, dando um beijo na minha testa. – Pode desabafar. Não se preocupe. Estou aqui para ajudá-la sempre. Pode confiar. 
– Não sei por que, mas confio – falei, dando um sorriso fraco para ele. 
– Obrigado. 
– Então, é o seguinte: sempre gostei muito do Joe, mas só como amigo. Aliás, amigo não, como irmão. Eu confiava muito nele. Ele sempre me apoiava e tal. Porém aí hoje eu o vi beijando uma menina e fiquei morrendo de ciúme. A sua irmã abriu os meus olhos e percebi que talvez eu goste do Joe não só como amigo. Sabe? Mas tenho medo de ele não gostar de mim desse jeito ou de eu falar para ele o que sinto, ele não sentir o mesmo por mim e isso acabar por estragar a nossa amizade. Sabe? E não sei ainda se gosto mesmo do Joe dessa forma. Estou com medo, Jake. Muito medo. 
– Calma, Demi – ele me abraçou forte. – Não precisa ter medo de se apaixonar. O amor é para ser uma coisa boa. Não ruim. Não é um monstro de sete cabeças que nem você está pensando. Disse que ainda não tem certeza se ama mesmo o Joe. Certo? – fiz que sim com a cabeça. – Posso lhe provar que você ama? 
– Se você souber como provar e tirar esse ponto de interrogação do tamanho do Everest de cima da minha cabeça, eu ficaria agradecida – falei e ele riu silenciosamente. 
– Então, pequeno jogo de pergunta. Pergunto e você responde automaticamente. Se demorar para responder, pulo para a próxima questão. Pode ser? 
– Ok – falei sem muito entusiasmo. 
– O que você mais gosta no Joe? 
– Os olhos – respondi automaticamente. 
– Por quê? 
– Porque me transmitem confiança, serenidade... Esqueço-me de tudo quando olho nos olhos dele – respondi automaticamente de novo [n/a: sereni... Quê? Enfim, né] 
– De que cor são os olhos dele? 
– Castanhos – automaticamente de novo. Eu não estava nem pensando mais antes de responder. 
– E de que cor são os SEUS olhos? 
– Não sei. Nunca parei para notar. 
– Se você pudesse escolher uma pessoa para passar o resto da vida com você, quem seria? 
 Joe. 
– Convenceu-se agora? 
Parei para pensar nas minhas respostas. 
– Ai, caramba. Acho que estou mesmo apaixonada pelo Joe. 
– Eu disse – falou Jake, dando um sorriso triunfante. 
– Mas e agora? Ele não gosta de mim do jeito que gosto dele. Ele me ama como amiga. 
– Você já percebeu o jeito com que ele a olha? 
– Não. 
– Pois percebi e não é um olhar de amigo. Não mesmo. É de amor. 
– Mas ele estava beijando a Selena! 
– Quanto a isso, só perguntando para ele. Mas tenho a impressão de que ele foi beijado, porque, com o jeito com que ele olha para você, não acredito que tenha beijado outra pessoa. 
– Jura? 
– Sim – falou ele confiante. 
– Mas o que faço, senhor “sabe tudo”? 
– Fale para ele como você se sente, oras! 
O celular de Jake tocou. Ele murmurou algumas palavras e disse: 
– Meus pais estão precisando de mim lá. Eles tem que sair e a Selena pegou uma gripe. Vou lá. Cuide-se, pense bem e qualquer coisa passe lá em casa [n/a: vixe! Parei]. 
– Tudo bem. 
Ele foi saindo, mas falei: 
– Ei, Jake. 
– Oi. 
– Muito obrigada, Você não sabe o quanto essa conversa foi importante para organizar os meus pensamentos, de verdade. Muito obrigada. 
– Não precisa agradecer, Demi. É para isso que servem os amigos – falou ele, sorrindo, mandando-me um beijo e indo embora. 
Passei uma meia hora pensando. Então decidi que eu não ia contar para o Joe como eu me sentia. Não mesmo. E se ele estivesse com a Selena e apaixonado por ela? Ele ia se sentir mal por me falar isso. Não vou contar para ele como me sinto de jeito nenhum. 
Nesse momento, bateram na minha porta. 
– Quem é? 
– É o Joe, Demetria. 
AI... MEU... DEUS! O QUE EU FAÇO? 
Sentei-me na minha cama e fingi estar lendo um livro. 
– Entre, Joe. 
– Que foi? Não quer falar comigo? 
– Hã? 
– O livro, Demi. 
– O que tem de mais? Eu estava lendo, oras. 
– O livro está de cabeça para baixo. 
Foi quando olhei o livro jogado às pressas no meu colo. Realmente, o título estava de cabeça para baixo. Fiquei roxa de vergonha. 
– Não é que eu não queria falar com você, Joe. É que... – ‘ta. O motivo era porque eu não queria falar com ele mesmo, mas disfarce. 
– Tudo bem. O negócio da Selena a deixou chateada, né? Desculpe por não ter contado... Eu a conheci ontem. A gente só saiu para ir ao cinema hoje. Não rolou nada mesmo. Não achei importante lhe contar. 
– Não achou importante me contar? – ok, agora ele me irritou. Eu contava cada mísera coisinha que acontecia na minha vida para ele. Quem ele pensava que era pra ocultar aquilo de mim? E ainda por cima dizer que não rolou nada. Vi-os se beijando, poxa! O Joe está mentindo para mim! – Tudo bem, então. Vá lá ficar com a Selena, já que não sou importante o suficiente para você a ponto de me contar quando se apaixona por uma garota – ‘ta. Eu não tinha certeza de se ele estava apaixonado pela Selena, mas vi os dois se beijando. Se ele disse que não rolou nada, então o resto das coisas que ele falou pode ser mentira também, poxa! E eu estava sensível ainda por causa de tudo que tinha acontecido. Acho que fui exagerada demais na minha reação, contudo agora eu já tinha falado mesmo. Não dava para pôr as palavras de volta na minha boca, então foda-se. 
Saí correndo do quarto e fui me sentar no sofá da sala. Peguei qualquer DVD que tinha em cima da mesa e coloquei para passar na TV. Não importava qual filme era, já que eu não ia prestar atenção mesmo. Ouvi passos na escada, mas não olhei para ver quem era. 
 Demetria. 
 Joe, eu... 
– Não. Deixe-me falar agora. Só escute, por favor. 
– Tudo bem. 
– Olhe, eu queria ter lhe contado. Desculpe de verdade. Arrependo-me muito de não ter falado nada, porém não achei que a gente fosse sair hoje. Quando ela me ligou e fui me encontrar com ela, você ainda estava dormindo. Não quis acordá-la. 
Ah, então ele ia me contar só hoje? Que legal hein, Joe. Ia pedi-la em namoro primeiro para depois me contar? Muito obrigada. Viu? 
– E quanto à parte da garota... – ele continuou. – Eu estou, sim, apaixonado. Só que tenho medo de falar isso para ela, porque acho que ela não gosta de mim do jeito que eu gosto dela. Sabe? 
Ah, porcaria. Ele estava mesmo apaixonado pela Selena. 
– Ah, então fale para ela – eu não queria dar conselhos para o Joe de como conquistar a Selena, porém, apesar de tudo, ele ainda era o meu melhor amigo. Eu não podia simplesmente ignorar o pedido de ajuda dele, né? 
– Mas eu não consigo. Fico medindo as palavras quando estou com ela. Fico nervoso. A gente meio que se beijou, mas ela não gostou muito. 
Meio que se beijou? Ah, qual é! Vocês estavam se agarrando lá. Por favor, né... 
– ‘Ta, Joe. Então se vire – fui para o jardim. Eu não precisava ficar ouvindo o quanto a Selena era maravilhosa e você amava ficar com ela, né, Joe? Poupe-me. 
– O que você tem, hein? Do nada começou a me evitar, não fala direito comigo... Qual é o seu problema? – falou Joe, vindo atrás de mim. 
– O meu problema? O meu problema é que descobri que estou apaixonada pelo meu melhor amigo que eu considerava como um irmão de uns tempos para cá. Sabe? Pois é. Virou mais que isso. Mas ele ama outra garota. Esse é o meu problema – falei, enquanto saía correndo para o meu quarto. 
Antes de entrar em casa, dei uma rápida olhada para trás e vi que Joe continuava parado, sem nenhuma reação. AH, QUE ÓTIMO! ELE ESTÁ COM PENA DE MIM! MUITO BEM, DEMETRIA! AGORA VOCÊ ACABOU DE PERDER O SEU MELHOR AMIGO! PALMAS PRA VOCÊ! 
Tranquei-me no meu quarto, ignorando completamente Joe que batia na porta e me chamava desesperadamente. 
– Vou dormir agora, Joe. Deixe-me! – quase gritei. Eu não ia falar com ele agora. Não mesmo. 
Dormi chorando. Antes de dormir, decidi que vou ignorar o Joe a partir de agora. Não quero ouvir as palavras e ver o olhar de pena dele. Não mereço isso. Não mesmo. 

28 de dezembro 

Uma semana se passou e durante ela ignorei Joe por completo. Eu fugia dele. Sei que é uma atitude infantil, mas não queria a pena dele. Eu podia viver sem isso. Porém infelizmente descobri que eu não podia viver sem ele. Eu chorava toda noite, pensando no que tinha acontecido. Como fui burra! Eu não devia ter contado para o Joe como eu me sentia. Não devia! Como sou idiota! 
Desci, sem nenhum entusiasmo, e notei a casa mais vazia do que o normal. 
– Ué, cadê todo mundo? 
– A família Jonas, você quer dizer? Eles voltaram para New Jersey, filha – falou a minha mãe. – O seu pai foi levá-los ao aeroporto. 
– Embora? Mas eles já foram? 
– Não. O avião deles sai daqui a uma hora, mas seu pai já está voltando. Ele só foi deixá-los lá mesmo. 
– Uma hora? Ai, caramba. Preciso ir, mãe. 
Peguei o primeiro táxi que vi e fui para o aeroporto. Eu precisava pedir desculpas para o Joe, eu queria continuar amiga dele. Não podia ficar assim. Ele acha que sou uma idiota, e sou mesmo, mas preciso me desculpar. 

Cheguei ao aeroporto tarde demais. O vôo deles já havia ido. Não pensei duas vezes. Peguei o primeiro vôo que tinha para New Jersey. Eu realmente precisava falar com o Joe. 

Cheguei à New Jersey e fui para a casa dos Jonas. Por eles serem famosos, até os taxistas sabiam onde eles moravam. GRAÇAS A DEUS! Sem isso, eu estaria perdida! 
Minha mãe me ligou enquanto eu ainda estava no táxi. 
– Alô, mãe? 
 Oi, filha. Onde você está? 
– Estou em New Jersey, mãe. 
 QUÊ?! 
– Longa história. Preciso fazer uma coisa agora. Depois a gente conversa. 
 Tudo bem, filha, mas tome cuidado. 
– Ok. 
Chegamos à casa dos Jonas. Foi Denise quem atendeu. 
– Oi, querida. O que você está fazendo aqui? – falou surpresa. 
– Tia Dê, preciso muito falar com o Joe! 
– Agora não vai dar, querida. Ele e os meninos foram para um show em um programa de TV. Mas entre aí e assista com a gente. É ao vivo. 
– Ok, então. 
Eu ia assistir ao programa. Afinal, já estava aqui mesmo. 
Os meninos estavam no meio do show, mas, depois de cantarem uma música que eu não sabia o nome, Joe pegou o microfone e começou a falar: 
– Eu queria dedicar uma música a uma pessoa agora – “só podia ser a Selena. Eca!”, pensei. – Essa pessoa é minha melhor amiga – ah, que ótimo. Fui substituída agora. – Ela falou que me amava há exatamente uma semana atrás – OPA, ESPERE AÍ! ESSA SOU EU! Ou não? – E não me deu chance de responder. Ficou me evitando, como se sentisse medo de mim – opa, essa daí sou eu. Então ele vai me humilhar e demonstrar a sua pena de mim para milhões de pessoas? Ah, Joe. MUITO obrigada. Eu definitivamente podia viver sem isso. – Demetria, se você estiver vendo isso, desculpe-me. Fui um idiota. Mas sabe a garota pela qual eu disse que estava apaixonado? – ah, que ótimo. Lá vem a pena. – A garota era você – nesse momento, parei de respirar. – Eu amo você, Demetria. Sempre a amei e sempre vou amar. Quando você disse que me amava, nunca me senti mais feliz em toda a minha vida. Então decidi finalmente me declarar, mas você me evitava e isso estava me matando. Eu precisava falar com você de qualquer forma, contudo tive que vir embora, voltar para a minha casa. Eu queria ficar e falar com você, porém tinha esse show que não podia ser adiado. Desculpe. Então, essa música escrevi essa semana, pensando em você. Espero que goste. 
Então ele começou a cantar: 

[n/a: se a letra estiver errada, culpem o vagalume. A preguiça de corrigir é grande... haha.] 

They come and go, but they don't know
(Eles vêm e vão, mas não sabem)
That you are my beautiful.
(Que você é a minha linda.)
I try to come closer with you, but they all say we won't make it through.
(Tento ficar mais perto de você, mas todos eles dizem que nós não conseguiremos.)
But I'll be there forever. You will see that it's better.
(Mas eu estarei lá para sempre. Você verá que é melhor.)
All our hopes and our dreams will come true.
(Nossas esperanças e sonhos virarão realidade.)
I will not disappoint you. I will be right there for you
(Não vou desapontá-la. Estarei bem ali para você)
'Till the end… The end of time.
(Até o fim… O fim dos tempos.)
Please, be mine. (Por favor, seja minha.)

(...)
How can I prove my love, If they all think I'm not good enough?
(Como posso provar o meu amor, se todos pensam que não sou bom o bastante?)

(...)

I can't stop the rain from falling, I can't stop my heart from calling you.
It's calling you.
(Não posso fazer a chuva parar, não posso fazer o meu coração parar de chamar você.)
(Está chamando você.)
 

Morri naquele momento. Que letra linda, que perfeito. O Joe é o cara mais fofo do mundo. Fato. 
– É de você que o Joe estava falando, Demetria? – perguntou Denise. 
Fiz que sim com a cabeça, sem a capacidade de falar nada. Eu ainda estava em choque. 
Fiquei encarando a TV acho que por um tempo de mais ou menos uma hora. Nem Denise nem Paul me incomodaram. Eles perceberam que eu estava em choque pela ação de Joe, então resolveram me deixar pensando. Se bem que eu não conseguia pensar direito. Meu mundo girava. 
Ouvi um barulho e percebi que os meninos haviam voltado para casa. Não pensei duas vezes (de novo) e fui correndo para os braços de Joe. Beijei-o com o máximo de intensidade que consegui. Quando acabamos de nos beijar, Joe falou: 
– Você viu o programa? 
– E você ainda pergunta? Bobo, óbvio que vi! – beijei-o de novo, mas ele parou o beijo por algum motivo. 
– Espera um pouco. Por que você está aqui? Aqui é New Jersey. Certo? Você não mora em Nashville? Por que está aqui? 
– Porque vi que tinha sido uma idiota por ter o evitado e vim pedir desculpas. Você me perdoa? 
– Claro que eu perdôo, pequena – ele tinha me chamado de pequena. Gostei disso. Que fofo! – Eu amo você. Lembra-se? 
– Sempre e para sempre – falei, beijando-o de novo. 
– Venha aqui... – falou ele, levando-me para uma praia deserta perto da casa dele. 
– Nossa, que lindo! – falei impressionada. 
– É lindo mesmo. É o meu lugar preferido daqui, onde consigo pensar. E dá para ver o pôr-do-sol. Então... – falou ele, brincando com meu cabelo. – Gostou da música? 
– Como eu poderia não gostar? É perfeita. Eu te amo. Sabia? 
– Também te amo, meu amor. 
– Own. 
 Demetria... 
– Oi? 
– Quer ser minha para sempre? 
– Para sempre? Gostei disso... ÓBVIO QUE SIM! – falei, beijando-o. 

05 de janeiro 

Oi! Finalmente achei o meu diário. Ele tinha caído embaixo da minha cama. Foi Maria quem achou. Então, estou namorando o Joe. Ele se mudou para Nashville para ficar mais perto de mim. É o cara mais fofo e perfeito que já conheci na vida. Miley e Nick estão juntos. Parece que aquele ali finalmente tomou jeito. Jake namora uma garota super legal que estuda no meu colégio e ele é um grande amigo meu. Selena se tornou a minha melhor amiga e Miley também. Da Selena não sei. Está aí uma que sumiu no mundo. Acho que foi procurar outro cara compromissado para roubar de alguém, haha. Está aí uma que não tem jeito. 
Vou parar de escrever aqui. Afinal, não preciso de um pedaço de papel para guardar todas as minhas lembranças. Certo? Elas estão bem guardadinhas na minha mente. 
Lembre-se: o verdadeiro amor pode estar bem mais perto do que você pensa! 

Beijos. Demetria. 

Fim! 
(c)